Os actos de violência homofóbica e transfóbica têm sido relatados quase em todos os distritos da província de Inhambane. Desde a intimidação psicológica, agressão física, tortura e assassinatos selectivos.
Esta violência tem acontecido em vários lugares, escolas locais de trabalho, casas, igrejas, segundo relatam algumas pessoas entrevistadas pelo nosso jornal em Inhambane.
Tortura, maus-tratos contra lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais nos transportes públicos e outros locais de concentração populacional.
No distrito de Massinga por exemplo as pessoas com esta inclinação sexual oficializam as suas relações amorosas na calada da noite para evitar violência.
Além da violência, os homossexuais são excluídos quando se trata se oportunidades de emprego em vários sectores de trabalho, uma situação que leva muitas vezes pessoas a cometerem suicídios.
Apesar de todas essas situações tende a crescer o número de pessoas que se identificam como gays e lésbicas. Nesta região existem pessoas com características físicas masculinas, mas que usam normalmente roupas femininas e outros utensílios.
Edvaldo Benedita, jovem de 21 anos com aparência física de um homem, mas que se identifica como mulher, diz que se sente melhor quando usa roupa feminina e outros artigos.
“As pessoas quando estou na estrada falam cada coisa, mas eu não tenho nada a ver porque eu me sinto bem, qualquer um pode nascer um filho como eu, graças a deus tenho apoio incondicional da minha”, disse.
Em Inhambane, os homossexuais pedem o fim da violência, respeito pelos seus direitos e aprovação de uma lei que os proteja. (Armindo Vilanculos, em Inhambane)