O projecto, que visa promover práticas sustentáveis e reduzir o impacto ambiental, não se limita apenas ao reaproveitamento das cápsulas. A borra de café também é utilizada como fertilizante, proporcionando uma melhoria na qualidade do solo e impulsionando a produção agrícola. Os vegetais cultivados são comercializados directamente para os 5.000 moradores de Chiango, contribuindo para a geração de renda local.
O projecto tem investido, igualmente, na capacitação da comunidade, tendo sido realizados dois workshops, com o objectivo de ensinar técnicas de reaproveitamento de materiais. O primeiro workshop abordou a reutilização de garrafas PET para a criação de vassouras, enquanto o segundo foi dedicado ao processo de produção de sabão a partir de óleo alimentar usado. Ambos os workshops contaram com a participação de mais de 30 pessoas da comunidade, que agora têm a capacidade de gerar produtos recicláveis para o mercado.
O Banco prepara-se agora para a realização de mais um workshop, previsto para o início de Janeiro, que irá abordar o reaproveitamento de pneus para reforçar telhados de casas, com o objectivo de uma maior preparação para a época chuvosa.
O Administrador Delegado do Access Bank, Marco Abalroado, considera que “o projecto tem permitido não só reduzir o desperdício de cápsulas de café, mas também gerar oportunidades de desenvolvimento económico e social para a comunidade de Chiango”. “O nosso contributo na promoção da consciencialização sobre a importância da sustentabilidade tem dado resultados muito positivos, estamos muito satisfeitos com isso”, disse o mesmo responsável.
A parceria com o MEGA Distribuição de Moçambique, SA e a cadeia de supermercados Lokal, que ajudaram a expandir o número de pontos de recolha de cápsulas, também teve um impacto significativo. Com a instalação de seis pontos de recolha o projecto ganhou maior alcance e visibilidade.
Rui Silva, activista ambiental da Reciclagem & Serviços, parceiro do projecto, destacou a importância da colaboração, referindo que “as cápsulas de café representam um desafio significativo devido à sua composição mista de plástico, metal e resíduos orgânicos”. “A nossa parceria com o Access Bank permite-nos enfrentar este desafio de forma inovadora, transformando aquilo que seria lixo em recursos valiosos para a comunidade”, afirmou o activista.
João Seara, Director Geral da MEGA Distribuição Moçambique, SA (Lokal), destacou a importância das pequenas acções para a construção de um futuro sustentável. “Acreditamos que as empresas têm responsabilidades para com as comunidades onde operam. Pequenos gestos, como a reciclagem de uma cápsula de café, têm o poder de provocar grandes mudanças. Ao incentivarmos estas práticas, estamos a contribuir para a construção de um mundo melhor”, disse.
O Access Bank reforça, assim, o seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a responsabilidade social, garantindo que a sua contribuição para a comunidade continue a crescer e a gerar impacto positivo no meio ambiente e na economia local.