O caso aconteceu no sábado quando o raptado foi dado boleia, em direcção ao Bairro George Dimitrov, vulgo Benfica. Durante o percurso foi imobilizado por três malfeitores que imediatamente anunciaram o rapto.
“O cidadão dirigia-se ao encontro da sua esposa. No entanto, aproximaram estes três indivíduos, dos quais um encontra-se a monte, e teriam disponibilizando-se a ajudar com a intenção de poder sequestrá-lo (…) entregaram um dos telemóveis para que ele pudesse ligar para sua família, comunicando que precisava do valor para o resgate”, contou Marta, porta-voz PRM na cidade de Maputo.
Marta Pereira acrescenta que tendo o cidadão, sequestrado, notado a presença da polícia gritou por socorro e teve ajuda dos agentes. Foi neste momento que foram detidos os três indivíduos. Suspeita-se que o terceiro, agora em fuga, seja o cabecilha do grupo.
A PRM diz tratar-se do mesmo grupo de malfeitores que, há duas semanas, sequestraram e assassinaram um indivíduo de 49 anos na Katembe.
“Refira-se que fazemos uma ligação em torno da situação ocorrida na Katembe, pode-se tratar destes cidadãos que têm protagonizado estas reacções, a nível da cidade de Maputo. O jeito como ocorreram estas incursões é o mesmo modo operante do outro caso”, explicou Marta Pereira.
Os acusados negam parcialmente as acusações da PRM, dizem que não se tratava de sequestro mas assumem o assalto. Ademais, atribuem a culpa ao cidadão foragido.
“Não, eu não faço parte disso. Nunca sequestrei ninguém. O meu erro foi ter assumido o volante”, contou um dos indiciados de 33 anos que nas circunstâncias era o motorista da viatura usada no possível sequestro.
“Eu nunca sequestrei ninguém na minha vida. Estou aqui só por ter esse amigo, esse Coronel. Eu nunca vivi nessa situação”, explicou outro acusado, de 34 anos, com passagem na Polícia, aceitando que golpearam o cidadão e retiraram-lhe os pertences.
O sequestrado já se encontra em convívio familiar e fisicamente bem. Diante deste caso a polícia apela mais vigilância aos cidadãos principalmente em caso de boleias de desconhecidos. (Ekibal Seda)