Trata-se de um empreendimento liderado pela petrolífera francesa Total Energies, cujas actividades foram suspensas em 2021 por questões de segurança Nazário Bangalane, presidente do Conselho de Administração do INP, diz que não há ainda datas para a retoma do projecto, embora tenha boas indicações nos contratos que mantém com a petrolífera.
“Pelos contactos que temos vindo a manter com Total Energies, a vários níveis, achamos que há condições para, em breve, se iniciar as operações. Entretanto não podemos adiar agora a data, mas estamos a trabalhar no sentido de isso ocorrer o mais rápido possível”, garantiu.
Bangalane falava a jornalistas na segunda-feira, na visita que efectuou à futura fabrica de processamento de GPL (gás de cozinha) a partir da matéria-prima extraída dos jazigos de gás natural de Pande̸ Temane.
Neste momento, o projecto esta em “forca maior” e Bangalane diz não ter informação sobre uma suposta desmobilização dos trabalhadores, como sugerem alguns órgãos de comunicação social.
Recentemente, o presidente da Total Energies, Patrick Pouyanné, também garantiu que esta para breve a retoma do projecto, sem avançar datas, num contexto em que decorrem negociações com as instituições de crédito que se haviam comprometido a dar suporte financeiro ao empreendimento.
Segundo Pouyanné, a situação de Cabo Delgado esta sob controlo, com a retoma da normalidade de vida na vila de Palma. A implantação do projecto foi suspensa em 2021 depois de um ataque terrorista à vila de Palma, a cerca de 30 quilómetros de Afungi, onde se localiza o acampamento da multinacional.
O empreendimento, o maior investimento privado em África, está orçado em mais 20 biliões de dólares norte-americanos, numa infraestrutura que inclui linhas de captação de gás a grande profundidade, liquefação e cais para cargueiros especiais. (JN)