Ó nobre Arquitecto da Nação
Inúmeras estórias foram esculpidas sobre a tua inesperada partida
Pelo que ainda hoje se desconhecem os contornos da tua força saída.
Teus irmãos, os teus aristocráticos irmãos
Repletos de estima e amor à Pátria amada
Encheram seus peitos de bravura incomum
E carregaram o sonho de todo este povo:
A liberdade de uma Pátria totalmente sua um dia ter.
Mas os teus irmãos, ó nobre Arquitecto da Nação
De tão corajosos serem, sangue frio beberam
E esquemas malandros em oculto desenharam
Para um dos seus destronar. Que o diga Samora!
Talvez,
Porque também herdámos um “País Sucata”
Sem próprios pontos cardeais de boa governação
Entre nós lutámos e dividimos as fronteiras desta Nação.
Que o digam teus irmãos, idos e presentes. Que o digam Samora e Dhlakama!
E ainda entre irmãos, fomos vivendo numa Nação quase sempre em chamas.
Tempos passaram, e com a ajuda de outros povos
Alguns munidos de fardas e outros de fatos e gravatas
Tentámos assentar-se na mesma mesa
E juntos assinámos o tão esperado acordo
Que apenas fez cessar o fogo por algumas luas.
E porque a nossa governação sempre foi sucata
Como génios, emprestámos outras ideologias governativas
Voltámos a assentar-se noutra mesa e importámos a famosa democracia.
Contudo, distinto do que os famígeros manuais de governação ensinam
Mesmo com a implantação do Multipartidarismo Democrático
Esta cracia, em nosso solo pátrio, nunca teve o povo na liderança
Nem como beneficiário das suas políticas. Ainda assim, fingimos tudo bem estar!
Não tardou, entre irmãos, novamente, novos irmãos
Nasceram outras rivalidades. Contestações. Sabotagens. Mortes.
Que o digam teus irmãos. Que o digam Chissano e Dhlakama!
Mas como sempre fomos um povo pacificador
Pacificámos também a corrupção, o ódio, a mentira e miséria
Pacificámos o tribalismo, o regionalismo, o nepotismo e separatismo
Pacificámos o rapto, o assalto às urnas e a eleição de potenciais cadáveres
E ao olho nu e ao céu descoberto, carimbámos a nossa contínua desgraça!
Internamente, difícil sempre foi conter os ânimos.
Sempre foi difícil soletrar e rabiscar qualquer verdade
Porque aqui, nesta Pátria amada de cabo do norte queimado
Nasceu uma nova profissão: Vigilante Digital!
De governação em governação
Testemunhámos mesmos rostos a popular as urnas
E de promessas em promessas
O nosso futuro foi sendo hipotecado
Nos largos bolsos dos nossos governantes sucatas!
E os jovens sempre ganharam novas denominações:
De dupla Seiva da Nação, passaram à Geração da Viragem
E quando virámos de governação, tornaram-se Bravos e Recrutados
Mas permaneceram onde sempre estiveram: na margem da governação
Carbonizando suas energias em trabalhos informais e páginas de redes sociais.
De promessas em promessas
Governantes sucatas foram consolidando seus mandatos.
E nas entrelinhas, foram mudando de estratégias:
Ora ajustando a Constituição da República
Ora depenando e acrescentando vírgulas em Códigos Legais.
Ora inventando postos de trabalho politicamente centralizados
Ora assinando contratos fantasmas e assassinando a esperança de vida do povo.
Rogo, porém, que estes planos satanhocos não ganhem expressão
E, tal como as dívidas reveladas, venham a assolar nossas já empobrecidas vidas.
Seja em Aldeias, Vilas e Províncias Seja em Distritos, Centros Urbanos e Municípios Sempre foram os mesmos a conduzir o leme da governação
De quinquénio em quinquénio e de manifestos em manifestos Carimbámos a instituição de Governantes Sucatas!
Incrível. Pois há outros governantes duplamente sucatas
Que se enojam com algumas móveis sucatas
Mas seus manifestos e edifícios, suas estradas e comitivas de governação
São todas aclamadas e envelhecidas sucatas em plena decomposição
Que passam despercebidas dos seus olhares críticos de última hora.
Enfim, ó ilustre e nobre Arquitecto da Nação
Receio dizer que há muito vivemos também numa terra sucata
E somos também plenamente governados por dirigentes sucatas.
Receio, também, segredar-te
Apesar de já não ser notícia
Que temos, nesta Pátria amada, uma oposição sucata
Recheada de representantes e cabeças-de-lista Que apenas ressuscitam suas vozes em tempos pré-eleitorais
Quando sentem o cheiro de dólares para sustentar a campanha
Que somente servirá para dispersar votos
E carimbar mais uma vitória fabricada e sucata.
Por favor, antes de txunarem Maputo
Ou qualquer pedaço de terra deste vasto e rico Moçambique
Txunem, primeiro, a vossa já desgastada máquina de governação sucata!
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