O apelo é feito em resposta ao clima de tensão que o país enfrenta, há mais de um mês, devido às manifestações de reivindicação dos resultados das eleições de 9 de Outubro.
Desde que iniciaram as manifestações, acontecem casos de vandalização das sedes desta formação política, actos de queima de bandeiras e outros objectos que contém símbolos da Frelimo, seus membros são ameaçados entre outras acções.
Esta situação já preocupa a Comissão Política do partido actualmente no poder, tendo sido declarado vencedor das eleições de 9 de Outubro pela Comissão Nacional de Eleições. Segundo este órgão de administração eleitoral, a Frelimo conseguiu colocar o seu candidato na presidência do país com 70,67 por cento dos votos e conquistou 195 assentos na Assembleia da República.
“A Comissão Política manifesta preocupação e repúdio diante das ameaças à integridade física dos nossos camaradas e de todos os moçambicanos, a vandalização das sedes do Partido e de outras instituições, no contexto das manifestações violentas. Tais atitudes afrontam a convivência pacífica e a harmonia que tanto prezamos em nossa política e sociedade”, lê-se no comunicado a que tivemos acesso.
De acordo com este órgão do partido Frelimo, enquanto se aguarda o pronunciamento do CC, os moçambicanos devem respeitar o processo democrático existente em Moçambique. No seu entender, as manifestações estão perturbando a ordem democrática.
“Condenamos qualquer tentativa de subversão da ordem democrática ou de criação de obstáculos ao funcionamento das instituições do Estado, do sector privado, da livre circulação de pessoas e bens, e das consequências económicas e sociais que isso pode acarretar”, diz o documento.
Apesar da condenação, o braço político da Frelimo diz reconhecer o direito à manifestação, pelo que apela aos moçambicanos, vigilância para não se criar instabilidade no seio das comunidades.
No mesmo documento está entidade lamenta a morte de Fernando Francisco Faustino, membro da Comissão Política da Frelimo e Secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional. (Ekibal Seda)