O posicionamento foi apresentado, nesta Quinta-feira (28 de Novembro), por Arnaldo Chalaua, em representação do Conselho Jurisdicional da RENAMO, negando os resultados anunciados pelos órgãos de administração eleitoral que colocaram o partido na terceira posição com 5,81 por cento dos votos.
“A nossa expectativa é de que tudo venha a favor da RENAMO. Se a RENAMO não está na primeira posição, então pode ela estar na segunda posição. Tendo em conta o voto rural, que terá de certa forma trazido a nós algum ar de refrigério, contrariando efectivamente aquilo que foi anunciado pela Comissão Nacional de Eleições”, defendeu exigindo a reposição da verdade eleitoral.
Na mesma comunicação, Chalaua confirmou a informação anteriormente divulgada pela “Integrity” sobre a realização de um Conselho Nacional desta formação política no próximo mês para discutir a “saúde” do partido, segundo preconiza o estatuto da RENAMO.
“Neste momento o Presidente do Partido se abre de forma clara e inequívoca de que sim vamos à realização de um Conselho Nacional em estrito respeito aos estatutos internos do Partido RENAMO, estando neste período a serem mobilizados meios financeiros para que de facto esta actividade ocorra sem grandes sobressaltos. A questão financeira pode estar na origem da demora da realização do Conselho Nacional”, justificou.
O Conselho Nacional da RENAMO está agendado para depois do anúncio dos resultados das eleições de 9 de Outubro pelo Conselho Constitucional. Mas de acordo com uma carta, a que tivemos acesso, submetida ao presidente da RENAMO, Ossufo Momade, pedindo a realização do encontro, propõe-se que seja nos dias 15 e 16 de Dezembro.
Além disso, o documento sugere como agenda do Conselho a revisão dos estatutos, análise do processo DDR, apresentação do relatório de contas e a marcação da data do congresso extraordinário. Na conferência de hoje, Chalaua disse que o processo de eleições também é um ponto obrigatório e necessário para ser analisado. (Ekibal Seda)