A parceria envolve a construção de um terminal portuário e de uma linha férrea de aproximadamente 73 quilômetros, ligando a região de Chibuto a Chókwè. Além disso, está prevista a manutenção de vias essenciais que conectam Chibuto ao terminal, assim como a construção de uma estrada de cerca de 7 quilômetros que ligará a rodovia EN1 ao terminal. Um aspecto importante do projecto é o fornecimento de água e energia para as comunidades locais, o que visa promover o desenvolvimento social na área.
O investimento inicial para a construção do terminal está estimado em 55 milhões de dólares, com uma projecção total de gastos que pode ultrapassar os 300 milhões de dólares. Com uma capacidade mínima de 8 milhões de toneladas métricas por ano, o terminal será essencial para o armazenamento e exportação de areias pesadas, cuja extração já ocorre na unidade de Chibuto, com uma produção anual estimada em 2 milhões de toneladas desde 2018.
Perspectivas Econômicas
O governo moçambicano vê a construção do terminal e suas infraestruturas como um motor de crescimento econômico para a província de Gaza. A expectativa é que o porto facilite o escoamento de recursos minerais, além de incentivar projectos de desenvolvimento local.
A parceria entre a Dingsheng Port e a Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), onde a empresa chinesa detém 80% da concessão, marca um importante avanço na infraestrutura do país, permitindo a exclusividade na exploração da infraestrutura portuária para o manuseio e armazenamento de areias pesadas.
Este empreendimento também reflecte o crescente interesse da China em investir na infraestrutura africana, fortalecendo as relações comerciais entre Moçambique e o país asiático. (Bendito Nascimento)