O PODER DO NARCOTRÁFICO: ANGOLANO “DELATOR IMPLORA” POR PROTECÇÃO EM MAPUTO, MAS…

Entretanto, devido as perseguições que sofriam em Angola depois das graves denúncias feitas a altos dirigentes angolanos alegadamente envolvidos no narcotráfico, Man Genas fugiu para Moçambique em busca de protecção, mesmo sem usar qualquer documentação, a rede de narcotráfico transfronteiriça tentou o sequestrar à entrada do restaurante Istambul, nos recintos do famigerado Maputo Shopping Center, o que acabou por não acontecer, uma vez que elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM) intervieram e levaram-lhe para a 1ª esquadra junto com a família onde nos primeiros dias eram devidamente tratados, até que as “boas relações entre os poderes políticos e policiais de Angola e Moçambique” colocaram-se em frente do processo e agora já pretendem deportá-lo, mesmo sabendo das circunstâncias em que chegou à Maputo.

Nesta terça-feira (28.02), Eugénio Quintas e a esposa lançaram um grito de socorro, tendo esta revelado que escaparam a tentativas de mortes em Angola e inclusive ela chegou a ser estuprada por membros do sindicato do narcotráfico angolano.

Quintas disse que mesmo na esquadra já não sente seguro, uma vez que o ambiente que era cordial, rapidamente deteriorou-se depois que diplomatas angolanos se dirigiram para aquela esquadra e os agentes da PRM informaram-lhe que deveriam seguir para o Serviço Nacional de Migração (SENAMI), onde seria deportado por este não possuir documentos legais para permanecer no País.

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A situação de Man Genas, viralizou nas últimas horas nas redes sociais com apelos para que se reconsidere a situação dele, uma vez que este corre sérios riscos de ser abatido, assim que colocar os pés em Angola. São vários cidadãos moçambicanos e angolanos que apelam que as instituições nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos intervenham no processo de Man Genas e a família para que não sejam encontrados numa “vala comum”, assim que forem a ser retirados de Moçambique, até porque esta decisão, irá violar extensamente os pressupostos legais internacionais que Moçambique é signatário e recentemente passou a defender nas Nações Unidas. No entanto, caso Moçambique venha a entregar Man Genas e a família, cidadãos angolanos acreditam que o mesmo não viverá muito tempo em Angola. (INTEGRITY)