No início da incursão, os envolvidos fizeram reféns um membro da PRM (Polícia da República de Moçambique) e um segurança contratado, ameaçando-os para não pedirem ajuda. Quando os reforços chegaram, os dois reféns foram libertados sem ferimentos.
As equipas de segurança da MRM identificaram o líder como Airos Samuel Tolecha (também conhecido como “Boica”). O Sr. Tolecha foi acusado em várias ocasiões anteriores, na esquadra de polícia de Namanhumbir, de outras incursões na MRM. A 6 de Setembro de 2024, o Sr. Tolecha foi detido pela PRM e levado para a esquadra de polícia de Namanhumbir. Ele evadiu da prisão pouco tempo depois.
As seguintes informações adicionais foram fornecidas por pessoas envolvidas na incursão:
- Os participantes recebiam MZN 200 (USD 3) para se juntarem à incursão e era-lhes oferecido mais MZN 500 (USD 8) se regressassem com sacos de “camada” contendo cascalho com rubis;
- A incursão foi organizada por “Laye”, um conhecido comprador ilegal de rubis da Guiné; e
- A incursão foi financiada por um indivíduo de nome “Zacare Idrisse” que se crê ser de nacionalidade nigeriana ou guineense.
No total, foram detidos 44 cidadãos estrangeiros relacionados com a exploração mineira ilegal na MRM em 2024.
As autoridades a nível distrital, provincial e nacional foram notificadas do incidente.
A MRM desenvolve actividades de comunicação contínuas para alertar para os perigos da exploração mineira ilegal, sensibilizando as comunidades vizinhas (onde os mineiros ilegais muitas vezes se abrigam temporariamente) para os perigos da exploração mineira ilegal, a fim de dissuadir os indivíduos de se colocarem a si próprios e aos outros em risco.
Este incidente foi levado à atenção das autoridades, tanto a nível provincial como federal, na esperança de que sejam tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que financiam, facilitam e encorajam o comércio ilegal de rubis moçambicanos, que prejudica Moçambique e o seu povo devido à perda de vidas e à privação das tão necessárias receitas fiscais provenientes dos recursos minerais de Moçambique. (Comunicado de Imprensa)