O número, que representa uma percentagem significativa do número total de eleitores na eleição, está contido no relatório executivo da organização divulgado há dias, intitulado Interferência do Zimbábue nas Eleições Harmonizadas de 2024 em Moçambique.
Um número significativo de votos foi contabilizado nas eleições moçambicanas. O País tem uma população de mais de 34 milhões de pessoas. Diz que os eleitores foram mobilizados pelo Presidente Mnangagwa e pela ZANU PF para dar uma vantagem à Frelimo, que enfrentava dura competição do Partido PODEMOS, da oposição.
Essa foi uma forma de fraudar as eleições em Moçambique, e houve várias outras estratégias da Frelimo, incluindo a distribuição de boletins de voto em áreas onde a oposição tinha vantagem, a ocultação de boletins em certas áreas e a proibição de observadores de desempenharem suas funções.
O relatório, que foi confirmado pelo Alto Comissário dos Advogados de Direitos Humanos da África Austral, Professor Talent Rusere, acusou a Zanu PF de coordenar cuidadosamente um processo de fraude nas eleições de Moçambique e nomeou pelo menos nove altos funcionários do partido, incluindo ministros do Gabinete, encarregados de conduzir o processo em cada província.
A SAHRL realizou investigações e supostamente estabeleceu que havia:
– 53.122 apoiantes do Zanu PF que votaram em Bikita,
– 36.872 que votaram em Murehwa,
– 41.213 que votaram no Centro de Formação Maud Muzenda em Masvingo,
– 76.519 votaram em Mutare/Rusape,
– 69.019 votaram em Harare, e
– 19.774 votaram em Chegutu.
Questionado sobre as constatações, o porta-voz da Zanu PF, Chris Mutsvangwa, disse que todas as pessoas que votaram no Zimbábue eram moçambicanos que adquiriram dupla cidadania na independência e estavam tendo a oportunidade de exercer seus direitos políticos. (The Wall Mirror/INTEGRITY)