Para Chissano a adesão à votação massiva significa a exaltação do patriotismo e o amadurecimento democrático.
“Eu estou muito satisfeito de ver este sentido de patriotismo do nosso povo porque quando instituímos o multipartidarismo e as eleições multipartidárias não tínhamos muita formação. Fizemos um aprendizado ao longo desses 30 anos e estou a sentir uma grande maturidade”, afirmou.
A activista dos direitos humanos, entende que passados estes anos os jovens ganharam consciência em relação a necessidade e responsabilidade de votar.
“Eu acho que há muito mais consciência da necessidade de votar. É por isso que nós vemos as Assembleias de Voto muito concorridas e em particular pela camada. Eles estão aqui em massa e determinados a fazer a sua marca daquilo que desejam que seja o futuro do país”, disse.
“Estou muito feliz de ter vivido o suficiente para ter mais uma vez esta oportunidade. Confere o verdadeiro sentido de porquê nós lutamos”, acrescentou Graça Machel sublinhando que este é um dos motivos pelo qual combateu-se pela independência de Moçambique.
Chissano e Machel fizeram estas afirmações após exercerem o seu direito cívico, na capital do país por ocasião das eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais assim como para os governadores de província.
Recorde-se que com o fim da guerra civil que durou dezasseis anos, Moçambique teve lugar, entre os dias 27 e 29 de outubro de 1994, dois anos depois da assinatura dos acordos de paz, em Roma, as primeiras eleições gerais multipartidárias. As eleições foram ganhas pela Frelimo e pelo seu candidato presidencial, Joaquim Chissano. (Ekibal Seda)