O acusado foi detido em flagrante delito quando tentava extorquir um valor de 120 mil meticais a um individuo de nacionalidade chinesa, como forma de anular uma multa no valor de 550 mil meticais por falta de documentação legal para construção de infraestruturas no território municipal.
O chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Sofala, Roberto Selemane, fez saber que a detenção do individuo foi graças à colaboração do dono da obra, que se apercebeu de algumas irregularidades no processo de cobrança da referida multa e imediatamente contactou a Polícia, que se deslocou ao local onde seria feito o pagamento do valor.
“O pagamento era ilícito, porque devem ser feitos no município. O funcionário coagiu o responsável da obra a pagar aquele valor, como forma de anular a multa pela infracção. Há, portanto, matéria para a responsabilização deste”, disse.
Entretanto, o indiciado apesar do flagrante, refuta todas as responsabilidades que lhe são imputadas, com alegações de uma pretensa “armadilha” para o incriminar, movida por pessoas de má-fé que o querem prejudicar.
“Não sei em que circunstâncias estou preso. Eu não tinha nenhum dinheiro em mão, o valor a que se referem só vi na mesa da Polícia, e depois foi devolvido ao chinês. É um ‘complot’ para prejudicarem-me”, refutou.
Lembre-se que o Município da Beira é gerido pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e o referido funcionário ora detido já ocupou funções relevantes no partido, onde destacou-se como um exímio mobilizador de apoiantes do partido do galo e quando faltam semanas para o arranque da campanha eleitoral, a PRM na Beira que sempre teve uma relação tensa com os membros do MDM decide entrar em acção em coordenação com um cidadão chinês que através deste meio encontrou uma solução para fugir da elevada multa. (JN/Integrity)