Por: Onélio Luís, Jornalista
INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 05 de Novembro de 2022-Era mais uma manhã de Outubro, quando dirigi-me a paragem de autocarro a fim de “apanhar” um que me levasse até à Av. Eduardo Mondlane. A paragem localiza-se na Av. Acordos de Lusaka, para quem sai da Praça dos Heróis Nacionais, junto ao Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar em direção ao centro da cidade.
Com outros utentes de chapa, a cada carro que por ali passasse e simulasse uma paragem, seja de transporte público de passageiros ou viaturas particulares, entre cotoveladas e safanões tentávamos conseguir um lugar e cada um ser transportado até o seu destino, mas parecia uma missão impossível.
Passando um tempo chegou um autocarro da Empresa Municipal de Transportes de Maputo (EMTM), com aquelas características que quase todos conhecemos, como por exemplo: lotado, com portas sem vidros e a cair aos pedaços. Parou enquanto os MODJEIROS (angariadores de passageiros), aos gritos convidavam mais utentes para irem ensardinhar-se naquela lata que clamava por manutenção.
Com o autocarro parado, um dos MODJEIROS desce e inspeciona os pneus a fim de verificar se estava tudo OK, mas durante o processo constatou que num dos pneus frontais era possível fritar MAGUMBA (o peixe mais conhecido de Maputo) e ferver água para chá, de tão quente que este estava a roda. Tendo constatado, o homem alertou em voz alta ao motorista sobre o problema e, ao que o driver respondeu com um OK AIFAMBI (vamos) e arrancou o carro com mais de 65 passageiros a bordo, que inocentemente não tinham conhecimento do aquecimento da roda frontal do lado esquerdo e se em consequência da ocorrência acontecesse um acidente apenas a tripulação saberia das causa.
A tripulação apenas preocupou-se em avançar até ao terminal, para garantir a sua renda e pouco se preocupou com os mais de 65 passageiros, que apanharam o autocarro.
Com este exemplo está evidente, que a negligência de muitos motoristas de transporte público de passageiros, por vezes, é que origina acidentes de viação e incêndios nos autocarros. E por falar em incêndios este fenómeno tem sido muito comum nos chapas (transporte de passageiros), vezes sem conta vemos notícias na TV e lemos jornais que abordam sobre o mesmo assunto repetidas vezes. A sorte é que em todos incêndios nunca houve vítimas, mas isto não pode ser motivo para se negligenciar a segurança dos passageiros e até mesmo da própria tripulação.
No texto com o título “Refresco e a irresponsabilidade que custam vidas nas estradas moçambicanas”, toquei na questão da fiscalização que tem sido fraca, factor que contribui em certa medida para o aumento da insegurança rodoviária no país…
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