Contudo, “Integrity” confirmou de vários residentes em todos os distritos fora da cidade de Pemba, com excepção de Namuno e Montepuez, que o factor violência armada que a província de Cabo Delgado vive nos últimos sete anos, desencorajou os jovens a manifestar contra os os resultados eleitorais como também devido ao fraco activismo político.
Das razões de fraca adesão nas marchas
Embora muitos acreditem que a convocação da manifestação pacífica fosse justa, a participação não foi massiva. Entrevistados pelo “Integrity Magazine News”, apontam a situação de terrorismo que ainda tem efeitos psicológicos na vida das pessoas.
“Estamos cansados com as guerras. A nossa província é pobre e destruir o pouco que restou, seria maluquice”, expressou um jovem.
Um outro jovem disse que a não adesão em massa da população nas três fases da manifestação foi por questões de paz “Não o aderimos porque nós queremos a paz”.
Contudo, Integrity confirmou de vários residentes em todos os distritos fora da cidade de Pemba, com excepção de Namuno e Montepuez, que o factor violência armada que a província de Cabo Delgado vive nos últimos sete anos, desencorajou os jovens a manifestar contra os resultados eleitorais como também devido ao fraco activismo político.
Do impacto negativo
Por exemplo, o activista Abdul Gafur Manana, aponta o sector da educação como sendo um dos que foi afectado pela manifestação convocada pelo candidato do Podemos Venâncio Mondlane para exigir a verdade eleitoral.
Para Abudo Gafur Manana, muitas escolas, sobretudo na cidade de Pemba, foram forçadas a encerrar as portas para prejudicar os alunos.
Apontou igualmente terem contribuído para a violação dos direitos humanos após o baleamento mortal em toda a província de pelo menos três pessoas que participavam das manifestações.
Neste capítulo, o activista precisou que houve excesso na actuação dos membros da Polícia da República de Moçambique “a violência de direitos humanos na morte de 3 pessoas por baleamento e vários jovens feridos por disparos da polícia é uma clara violação dos direitos fundamentais dos cidadãos moçambicanos. A atuação da polícia deve ser sempre pautada pela proteção e respeito aos direitos humanos, e o uso da força letal deve ser a última alternativa, quando todas as outras medidas falharam”.
Refira-se que embora não tenha sido em muitos casos, alguns estabelecimentos comerciais sobretudo informais foram forçados a fechar por algum tempo ainda que fossem poucas horas. (INTEGRITY)