Ao que o relatório mostra, tal crescimento deve-se ao “acréscimo do volume exportado associado ao início da exploração e exportação do gás da área 4 da bacia do Rovuma, apesar do preço médio no mercado internacional ter registado uma queda em 43,5%”. Sendo a Índia, o principal destino, com cerca de 331 milhões de dólares, com um peso de 18,8 %, de todos os tipos de produtos exportados, sendo seguido pela Coreia do Sul.
O incremento deste ano vem depois do ano passado, o país atingir cerca de 1,7 milhões de dólares (107,4 milhões de meticais), tendo sido um valor triplo do conseguido no ano anterior, deixando assim o gás natural mais próximo da liderança, que é suportada pelo carvão natural. Explicando-se pelo início das operações na Área 4 da Bacia do Rovuma, no final de outubro de 2022, liderado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ entre a ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse no contrato de concessão e já está em fase de produção.
O mesmo relatório, indica que os produtos exportados pela economia tradicional, pelo país, tiveram, igualmente, um acréscimo na ordem dos 9,1 milhões de dólares, com destaque para os produtos agrícolas que geraram receitas no montante de 148,5 milhões de dólares, com ênfase para o tabaco, os legumes e hortícolas e a banana.
Já no caso da energia eléctrica, para o Banco de Moçambique, o incremento continua sendo influenciado pela revisão em alta do preço de exportação aplicado aos principais clientes, pela principal empresa exportadora (Cahora Bassa) da energia no ano passado.
Contudo, Moçambique continua tendo até o momento, as terceiras maiores reservas de gás natural em todo o continente, que são estimadas em 180 milhões de pés cúbicos, contando com três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma. (IMN)