Carlitos Zandamela, era chefe de reconhecimento da violenta Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma das áreas mais importantes da Polícia da República de Moçambique (PRM), principalmente para actos coercivos e de exercício da violência do Estado, mas na última Quarta-feira (11.06) foi brutalmente assassinado na zona de Nkobe, no município da Matola, província de Maputo. Zandamela teve uma morte horrível e no estilo das máfias italianas, mexicanas e colombianas. Foram muitas balas para um só homem e talvez nunca se tenha verificado algo similar em Moçambique.
A polícia que horas depois do assassinato do superintendente principal da PRM negou que o mesmo fosse seu elemento, estranhamente apareceu na cerimónia fúnebre de Carlitos Zandamela, onde lhe prestou uma singela homenagem, até porque era o que o finado merecia por tudo que fez para aquela instituição estatal, mas perante alguns órgãos de comunicação social, o porta-voz da PRM em Maputo, Cláudio Ngulele, a identidade do homem barbaramente assassinado ainda é desconhecida!
A actuação mentirosa da PRM deve servir de exemplo para todos os elementos da corporação fora de série e procuram seguir as linhas estatais e não pessoas com poder momentâneo. O símbolo da indignidade policial é evidente e extremamente preocupante até para o porta-voz provincial usado para “chacinar” o nome de Carlitos Zandamela pela segunda vez! É imperceptível que o Governo negue seus agentes simplesmente para distanciar-se da falha teoria do Ministro do Interior de que os esquadrões da morte não existem no País.
Aquele exercício titânico foi nulo, principalmente porque a única forma de negar uma morte é trazendo a pessoa visada viva, talvez a PRM tenha outro chefe de reconhecimento da UIR que não seja o finado. Talvez a morte de Carlitos Zandamela seja parte de uma “guerrilha interna” que não deveria ter sido executada no local onde tudo aconteceu, mas que não havia como a não ser proceder naquele momento e em qualquer local. É um símbolo da indignidade que deve colocar todos a reflectirem sobre o que se dirá aos seus filhos e a sociedade após a sua morte!
Nenhum homem que trabalhou tanto para um Governo ou povo merece ouvir as palavras e a teoria que a PRM está desenvolvendo e a espalhar em volta do seu ex-prestável homem do campo, simplesmente porque já não pode se defender, apesar de todas as evidências públicas e familiares. Talvez a PRM queira nos mostrar que o homem era um falsário que falsificou as patentes, a função e até arranjou uma viatura milionária usada exclusivamente em Moçambique por agentes da Lei e Ordem, e outros sectores de actividade castrense.
Apesar disso, a família e os colegas de trabalho realizaram o funeral e na ocasião os mesmos exigiram explicações do porquê o seu prestativo companheiro “ganhou a infâmia desonra” de ser rejeitado pelos seus! Ninguém merece a indignidade que estão fazendo com a memória do agente Carlitos Zandamela. Coloquem-se no lugar dele e lembrem-se que “pessoas passam e as instituições ficam, e os chefes de hoje não serão eternos e em qualquer momento passarão para a história e responderão por suas más ordens!” (Omardine Omar)
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