Chico, reagia a declarações desta sexta-feira (03 de Janeiro) do assessor jurídico de Mondlane, Dinis Tivane, que criticou a possibilidade de os deputados do Podemos tomarem posse no Parlamento, denominou como “traição”
“Estamos surpresos com esta afirmação, porque o senhor Dinis Tivane, na qualidade de assessor do candidato Venâncio Mondlane, tem conhecimento do acordo firmado entre o Podemos e o candidato. Quer dizer que o senhor Dinis Tivane não pode dizer as coisas, dizer o que deve e o que não deve ser feito”, disse Duclésio Chico.
Chico insistiu que não há qualquer rutura na relação entre o Podemos e Mondlane. “Não há traição, ainda não há traição. O que estou a dizer é que o que foi dito ontem, não há traição”, sublinhou, garantindo que o partido continua alinhado com Mondlane.
Questionado se o partido ainda vai continuar a lutar por mais assentos na Assembleia da República, o porta-voz reiterou que a luta pela justiça eleitoral continua. “O nosso presidente, junto com os outros partidos, foram à Presidência recusar os resultados. É uma forma de luta”, afirmou.
Sobre a continuidade do apoio à candidatura de Mondlane, ou seja, se ainda estão alinhados com a luta e a causa de Venâncio Mondlane, Chico foi categórico: “Estamos alinhados ao candidato suportado pelo Partido Podemos, Venâncio Mondlane.”
Quando confrontado pelo jornalista nos seguintes termos ” E concorda [o partido] também com a tomada de posse de apenas 43?”, Chico limitou-se a repetir: “Mais uma vez, estamos alinhados com o candidato Venâncio Mondlane.”
No entanto, Dinis Tivane tem uma visão diferente sobre a situação. Em um vídeo publicado nas redes sociais na última sexta-feira, ele alertou que a tomada de posse por parte do Podemos seria uma “traição” à luta popular.
“A tomada de posse do partido Podemos seria sim uma traição porque o povo está a fazer uma luta, está nas ruas. Mais do que isso, é facto que o partido Podemos, por tudo aquilo que foi a nossa contagem paralela, tem 138 assentos. Qual é a razão de correr para tomar posse de 40 e tal assentos quando ele merece 138?”, questionou Tivane.
Este, ainda declarou: “É uma traição tomar posse numa altura em que estão a morrer pessoas. O engenheiro Venâncio Mondlane ganhou estas eleições. O Podemos deveria estar engajado em continuar com a luta da vitória e da verdade eleitoral, da justiça social.”
A posse dos deputados da Assembleia da República está marcada para o dia 13 de Janeiro, enquanto a investidura de Daniel Chapo como Presidente de Moçambique ocorrerá no dia 15 do mesmo mês, conforme anunciado pelo Conselho Constitucional.
Contudo, em reação ao pronunciamento do presidente dessa formação política, Albino Forquilha sobre a possibilidade de tomada de posse dos deputados, Venâncio Mondlane, veio hoje invalidar todas as decisões tomadas por Forquilha e o acusou de violar o acordo que estes tinham (Bendito Nascimento)