Olhando a média de mortes diária pode-se dizer que por cada dia de protestos morreram pelo menos quatro pessoas. A província de Maputo figura como a que mais mortes registou com um total de 37 casos, enquanto Manica teve o registo mais baixo com apenas uma vítima mortal.
Em relação aos baleamentos, durante o “turbo V8” foram baleadas 240 pessoas, elevando o total para 586, desde que iniciaram os protestos. A Cidade de Maputo teve 62 casos de baleamentos, este é o número mais alto registado por província, por outro lado, com o número mais baixo está Niassa com apenas um caso.
No que diz respeito aos detidos o número atingiu os 4201, deste universo 167 detenções aconteceram na fase “V8”. Neste ponto a província de Sofala evidencia-se com 54 prisões, sendo o número mais alto e no outro extremo está Inhambane com um caso.
Nestes 66 dias de tensão pós-eleitoral já foram registadas 11 pessoas desaparecidas, três delas nesta última fase cujos casos são de Maputo Província, Búzi em Sofala e Cidade de Maputo.
Conta-se que os registos de mortes subiram nesta última fase devido a expansão de novos focos de protestos, conjugados com saques e a agitação por conta da fuga de reclusos nos estabelecimentos penitenciários. (Ekibal Seda)