A iniciativa foi apresentada por diversas organizações, incluindo o Colégio de Anciãos da SADC, instituições religiosas, Cruz Vermelha, Amnistia Internacional e Human Rights Watch. A proposta busca criar espaço para acções humanitárias e investigação internacional.
A trégua permitiria o enterro dos mortos, o atendimento aos feridos e a chegada de ajuda humanitária ao país. Mondlane destacou que a suspensão das hostilidades também abriria caminho para equipes das Nações Unidas e do Tribunal Penal Internacional (TPI) avaliarem as denúncias de genocídio e violência. “O país está em penúria total, e precisamos de medidas urgentes para salvar vidas e restaurar alguma dignidade”, afirmou.
Entre as propostas, destaca-se a formação de um Colégio de Anciãos da SADC, liderado por antigos chefes de Estado, que se disponibilizaram a mediar o conflito. Além disso, organizações religiosas e humanitárias manifestaram interesse em intervir directamente no terreno, avaliando as condições de vida e as necessidades mais urgentes da população.
Mondlane pediu que a decisão sobre a aceitação da trégua seja feita pelo povo. Incentivou os cidadãos a enviarem opiniões por e-mail ou redes sociais, reforçando que o processo deve reflectir a vontade dos moçambicanos. “Quero ouvir o que vocês acham. Esta decisão será vossa”, disse.
Portanto, a proposta de trégua coincide com o anúncio de uma nova fase de manifestações liderada por Mondlane, chamada “Ponta de Lança” , que estava programada para ser anunciada nesta Segunda-feira, 30 de Dezembro. (Bendito Nascimento)