As fotografias, áudio e o texto reivindicativo escrito em árabe e traduzido pela “Integrity” refere que “a detonação ocorreu entre as aldeias de Mbau e Chinda, na zona de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, norte de Moçambique.” As imagens chocantes com corpos de pessoas mortas, veículo a arder e um terrorista vestido com o fardamento do Exército moçambicano foram divulgadas através dos canais de propaganda e alguns grupos do telegram nacionais e internacionais, na noite de ontem (01.11).
Há dias, o grupo reivindicou também a autoria de mais um ataque usando metralhadoras na aldeia de Momo, em Mocimboa da Praia, onde supostamente feriram dois civis e incendiaram cerca de 12 casas.
No dia 27 de outubro, o grupo terrorista avançou através dos seus canais de propaganda que haviam atacado no dia 24 de outubro a aldeia de Nkoe, no distrito de Macomia, onde queimaram sete casas, o que levou à fuga de vários residentes daquela região do País.
Ainda no dia 27 de outubro passado, mais um comunicado reivindicativo do grupo terrorista foi emitido, onde revelam que emboscaram patrulhas dos exércitos moçambicanos e ruandês perto da aldeia de Nakulwe, no distrito de Macomia, no dia 26 de outubro e detonaram engenhos explosivos sobre veículos militares e mataram e feriram elementos das duas Forças.
Estas reivindicações do grupo Estado Islâmico surgem numa altura em que as FADM e as Forças Amigas do Ruanda vem intensificando operações ofensivas, tendo recuperado vários territórios que supostamente eram controlados pelos terroristas no interior dos distritos de Macomia e Mocímboa da Praia, uma situação que obrigou o grupo a procurar novos esconderijos.
De referir que enquanto estes ataques terroristas acontecem em Cabo Delgado, os moçambicanos encontram-se totalmente concentrados nas ruas do País exigindo por Justiça eleitoral e mudança do paradigma governamental, onde até inclusive surgem relatos de movimentação de forças militares nacionais e estrangeiras e com uma logística pesada que poderiam estar totalmente focados em devolver a paz definitiva para a população de Cabo Delgado, mas, no entanto nota-se um pouco por todo o País veículos militares para combater o povo que quer simplesmente manifestar pacificamente exigindo o seu direito soberano de escolha. (Omardine Omar)