Com uma corrida acirrada, marcada por uma batalha implacável pelos Estados cruciais do Colégio Eleitoral, Trump conseguiu um avanço significativo, estando a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para retornar à Casa Branca.
A Contagem de votos e a luta nos Swing States
Na noite de terça-feira, 5 de novembro, a apuração das urnas trouxe incertezas, mas também definições importantes. As projecções iniciais da BBC e de outras grandes emissoras indicaram que Trump havia conquistado 262 votos do Colégio Eleitoral, enquanto sua adversária, a democrata Kamala Harris, acumulava 187. Embora a disputa tenha se mostrado apertada, com Estados como Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte ainda pendentes, Trump se manteve firme em sua caminhada.
Em sua tradicional trajectória pela política americana, o sistema eleitoral dos EUA se diferencia ao reunir 538 delegados do Colégio Eleitoral, onde cada Estado tem um número de votos proporcional à sua população. Para ser eleito, o candidato deve atingir os 270 votos, mas, como tem ocorrido em eleições passadas, um vencedor pode emergir mesmo sem vencer o voto popular, caso consiga a maioria dos votos eleitorais. Foi esse sistema que garantiu a Trump uma vantagem no placar, ao conquistar Estados-chave como a Flórida e o Texas, onde sua base de apoio se manteve forte.
O Voto crucial da Pensilvânia e o destino dos Swing States
A Pensilvânia se consolidou como um dos maiores focos da disputa. Nesse Estado, tradicionalmente de virada entre republicanos e democratas, Trump conseguiu surpreender ao garantir um número significativo de votos, que ajudaram a aumentar sua liderança. A contagem dos votos por correio foi mais lenta, mas não impediu que o magnata alcançasse mais uma vitória importante.
Além da Pensilvânia, outros Estados decisivos, como a Geórgia e a Carolina do Norte, foram igualmente cruciais para a consolidação de sua posição. Já Harris, que obteve vitórias em Estados com maior população, como a Califórnia e Illinois, viu seu apoio se consolidar nas regiões que são historicamente mais favoráveis aos democratas.
A Reviravolta do senado e o equilíbrio de poder
Com a eleição para o Senado, o Partido Republicano também obteve ganhos significativos, o que terá um impacto duradouro na dinâmica de governança do próximo presidente. A recuperação do controle do Senado por parte dos republicanos adiciona mais um desafio para Harris, caso vença, pois, o Senado terá o poder de aprovar ou rejeitar nomeações, leis e emendas constitucionais.
O aumento da participação nas urnas e o número crescente de votos por correio, também adicionaram uma camada de complexidade à apuração dos resultados. A maior parte dos votos antecipados, que somaram mais de 82 milhões de cédulas, tendem a favorecer o partido democrata, o que mantém a incerteza sobre o desfecho final até que todos os votos sejam contados, especialmente em estados como Nevada e Arizona.
Próximos passos: O fim de uma noite de tensão
Ainda restam votos a serem contados nos estados de Nevada, Arizona e Michigan, e a expectativa é que esses resultados possam levar até 9 de novembro para serem totalmente apurados. Embora Trump se mostre optimista com a situação, o cenário permanece aberto, com cada votação tendo o potencial de virar a maré a favor de um ou outro candidato.
Nos próximos dias, o país inteiro, e o mundo, acompanhará atentamente os desdobramentos desta que é uma das mais polarizadas e disputadas eleições da história dos Estados Unidos. Quem sairá vencedor, Trump ou Harris, será o reflexo de uma Nação dividida, mas também da persistente luta pela definição do futuro político e econômico do país.
A corrida presidencial dos Estados Unidos segue, mas a vitória de Trump parece cada vez mais próxima. No entanto, a política norte-americana tem seus próprios tempos e reviravoltas, o que pode transformar qualquer certeza em incerteza até o último voto ser contado. (Bendito Nascimento)