Cristóvão Chume reagia, nesta terça-feira (05 de novembro), no contexto das manifestações que acontecem no país em reivindicação dos resultados eleitorais e outros problemas socioeconómicos cujo pico poderá ser registado na próxima quinta-feira (7 de novembro).
Reconhecendo a actual situação de instabilidade e insegurança pública do país resultante das eleições de 9 de Outubro, o Ministro da Defesa apelou à união e ao diálogo.
“Pretendemos reafirmar o carácter republicano e por isso apelo o diálogo construtivo entre os partidos políticos, órgãos de justiça eleitoral, instituições de legalidade e de todos actores sociais e económicos que representam as forças vivas desta nação”, declarou.
Para o Ministro o país encontra-se dividido e justifica o seu posicionamento com os incidentes que marcam as greves. Ele reconhece a existência de manifestações pacíficas, entretanto lamenta que a sua maioria se tornam violentas e culminam com a promoção do ódio entre os moçambicanos.
Aliás diz estar preocupado com as manifestações que visam alterar o funcionamento dos órgãos de soberania. Em relação a isso disse que os seus homens vão defender o país respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos sem envolver-se politicamente.
“Nos últimos dias assistimos o recrudescimento de actos preparatórios com intenção firme de alterar o poder democraticamente instituído e o funcionamento normal das instituições do Estado e privadas. Face a este escalar as FADM em cumprimento da Constituição da República de Moçambique tem a missão e o mandato de defender a soberania do nosso país”, explicou.
Em relação à presença de militares ruandeses a actuarem em Maputo com vista a reprimir os manifestantes o Ministro da Defesa desmentiu a informação assegurando que o actual cenário político trata-se de um assunto que deve ser resolvido apenas entre moçambicanos.
“A presente actuação neste ambiente de tensão política em todo território nacional é feito pelas Forças De Defesa e Segurança de Moçambique, sem nenhum apoio de forças estrangeiras em particular as Forças de Defesa e Segurança do Ruanda”, assegurou.
Para além disso garantiu que a sua corporação se encontra com o moral elevado contrariando os vídeos que circulam nas redes sociais nos quais aparecem militares mostrando descontentamento com a actual liderança do país. (Ekibal Seda)