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Home Integrity Reflexões O caldeirão do escriba

SOCIEDADE DIVIDIDA: A RECEITA PARA A UNIÃO

Não é segredo para ninguém que o debate político nacional está em ebulição. É uma pura verdade afirmar que nunca antes a sociedade moçambicana esteve tão ideologicamente dividida e politicamente activa como actualmente. Não precisamos de um profeta para nos alertar que o futuro sócio-político do País será cada vez mais desafiante e incerto. E é evidente que governar nos dias de hoje não é tarefa fácil.

3 de Novembro, 2025
em O caldeirão do escriba
Reading Time: 5 mins read
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Professor: Formador de uma sociedade anestesiada aos seus clamores? Memórias e reflexões
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Escrito por: René Moutinho, M.Sc.* [email protected]

  1. A POLARIZAÇÃO E RADICALIZAÇÃO COMO FRUTOS DA SOCIEDADE DIVIDIDA

A realidade acima, a qual prefiro designar de um “despertar cívico”, embora seja um sinal de vitalidade democrática, coloca-nos num limiar: ou abraçamos um futuro de diálogo ou caímos na armadilha da intolerância, onde a polarização e a radicalização reinarão sem uma Constituição que as arbitre.  Deste modo, o cenário que hoje vivemos – de intensa concorrência política; onde as divisões se aprofundam – exige uma mudança urgente de mentalidade e postura às nossas lideranças. Uma mudança estratégica, sim, dentro do “political game”, sim, desde que tenha em mente a sustentabilidade da própria política, enquanto ciência, modo de vida e de organização social, como defendem Sócrates, Platão e Aristóteles. De facto, a rivalidade política, por si só, não é um mal, até porque, como argumenta a cientista política Jennifer McCoy, a diferença de visões pode ser um motor de transformação e reavivamento social. O perigo surge quando essa polarização se torna extrema, transformando a rivalidade em ódio e o adversário em uma “ameaça existencial”.

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​Torna-se, assim, evidente que o risco real de uma sociedade dividida é a crescente polarização afectiva — onde as emoções negativas ultrapassam as ideias criativas, onde o sentimento substitui a razão — levando à paralisia governativa e, nos casos mais graves, à erosão da própria democracia. Quando a divisão se entrincheira na sociedade, a governabilidade torna-se refém de “estórias que dividem”, desconsiderando “narrativas que unem e mobilizam”. É, portanto, necessário que, independentemente das diferenças político-ideológicas, os principais “players” do jogo político optem por construir pontes, por promover a união e unidade nacional, e, o mais importante, que estabeleçam um projecto de Nação, no qual todos se revêem.

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​2. O NOVO PERFIL DO GOVERNANTE: PREPARAÇÃO E TOLERÂNCIA

​Neste ambiente de alta pressão e competitividade, o perfil político do líder e/ou governante deve ser revisto. A liderança não pode mais ser baseada na força, no populismo, na imposição, no extremismo ou na lógica da exclusão. É imperativo que os líderes e os políticos, em geral, sejam pessoas cada vez mais preparadas e tolerantes. Neste ponto, as ideias dos cientistas políticos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt são esclarecedoras. Eles advogam que a sustentabilidade de qualquer democracia reside também em normas não escritas, sendo a mais crucial a tolerância mútua, assente no reconhecimento do rival político como um adversário legítimo e não um inimigo a ser aniquilado. Este posicionamento roça a perspectiva filosófica de Hannah Arendt que defende a necessidade da existência do “outro” para que o “eu” possa existir e operar, transpassando, igualmente, a ideia de que sem oposição não existe posição para governar; sem oposição não existe democracia, nem governo legítimo.

​Diante disso e no contexto actual, a preparação de um líder mede-se pela sua capacidade de honrar esta norma. Isso significa que os líderes devem ter a coragem de construir pontes, priorizando, nas palavras de McCoy, o bem-estar colectivo acima do ganho exclusivamente partidário. É como disse Keir Starmer, o actual Primeiro Ministro Britânico, em Julho de 2024, no seu Discurso de Tomada de Posse: “Country first; party second”. Sim, o País, primeiro!  Por conseguinte, há que abandonar a lógica maquiavélica do filósofo político Carl Schmitt, que define a política pela distinção radical entre “amigo vs inimigo”. Devemos, pois, abraçar a visão da política contemporânea que privilegia a resolução de conflitos baseada no respeito mútuo e no diálogo franco e permanente.

 

​3. A TRIPLA APOSTA: CIÊNCIA, EMPATIA E NECESSIDADES COLECTIVAS

​Considerandos os dois pontos supra, é necessário que as lideranças políticas apostem num novo trinómio: ciência, empatia e foco nas necessidades colectivas, com vista a combaterem a retórica radical e as narrativas divisionistas. Apostar na ciência, em vez da ideologia cega e do “mister yessismo”, significa que a tomada de decisão deve fundamentar-se pela evidência, pela técnica e pelos dados das ciências sociais, humanas e económicas. Isso confere legitimidade e despolariza o debate ao transformá-lo de uma disputa moral para uma busca racional por soluções. Por sua vez, apostar na empatia passa pelo exercício da capacidade de “se colocar no lugar do outro” (o adversário, o excluído, o cidadão que votou diferente). Esta estratégia é o antídoto mais eficaz contra a polarização afectiva, pois ela gera a confiança necessária para costurar acordos e legitimar instituições.

​Por fim, focar-se nas necessidades colectivas é fazer com que o discurso público deixe de versar sobre “estórias que dividem” (passado histórico de um grupo, conflitos anteriores e/ou guerras culturais etc.) para a resolução das necessidades colectivas (emprego, saúde, educação, infraestruturas). É, pois, um facto que o foco genuíno na busca e implementação de soluções concretas é a narrativa mais poderosa para unir e mobilizar uma sociedade.

​Em suma, o cenário de engajamento e despertar político que vivemos não é uma ameaça, mas um convite a uma política mais elevada; ao aperfeiçoamento do jogo político e à necessidade de jogadores mais preparados. Os líderes do amanhã serão aqueles que entenderem que a tolerância não é fraqueza, mas a maior força da democracia. Que a preparação sócia-política e científica adequada não é uma perda de tempo, mas um investimento que a sociedade valoriza. Que o tempo de militância, embora valha alguma coisa, não pode se antepor a essa preparação, ao carisma e aos visíveis traços de liderança de um associado. O futuro pertencerá a um líder que viveu e soube aprender das experiências e factos passados.

Enfim, o futuro sócio-político de Moçambique dependerá da capacidade de mudança e adaptabilidade dos políticos à nova forma de ser/estar da sociedade actual – uma sociedade digital, exigente e cada vez mais consciente. E, neste jogo, o político que almeja continuar em campo deve saber transformar a divisão em diversidade e o conflito em compromisso colectivo para o desenvolvimento sustentável e o crescimento económico do nosso País que há muito nos espera.

_____________________________

*Licenciado em Ensino de Língua Portuguesa

Mestre em Desenvolvimento Humano e Educação

Tags: DivididaReceitaSociedade
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Comments 1

  1. Harold Hardin says:
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