Vuma disse que após ter ficado livre das funções de liderança, agora vai “trabalhar afincadamente” para responsabilizar todos os que atentaram contra a sua honra e imagem. Disse ainda que o seu objectivo é “chegar ao respectivo mandante”, que acredita estar por detrás do atentado de 20 de Junho de 2020 de que foi vítima.
Segundo o GCCC, Vuma colaborou numa operação de entrega controlada do dinheiro ao emissário de Manhengue, que foi depois flagrado em vídeo a repassar o montante ao jornalista. O editor é acusado de ameaçar publicar matérias difamatórias sobre processos-crime já arquivados pela Procuradoria da República da Cidade de Maputo.
O caso surge dias após a condenação da empresária Artimiza Magaia, a três meses de prisão efectiva e ao pagamento de dois milhões de meticais a favor de Vuma, por difamação.
As investigações apontam ainda para uma possível ligação entre o jornalista detido e Magaia, com publicações que visavam desgastar a imagem de Vuma e de figuras da FRELIMO.
Face às supostas extorsões, o ex-presidente da CTA apresentou uma queixa-crime por difamação e abuso de liberdade de imprensa contra o Visão Moçambique, exigindo 10 milhões de meticais de indemnização.
Determinando-se a “não arredar pé”, Vuma afirmou que lutará “até que a justiça se materialize” e que todos os envolvidos sejam levados à barra da lei.
De salientar que recentemente, o editor do jornal Visão Moçambique, Ângelo Manhengue, foi detido em flagrante nas primeiras horas de Sábado, 4 de Outubro, na Matola, por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), afectos ao Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC). Alegadamente, o jornalista foi surpreendido no momento em que recebia 40 mil meticais, valor que as autoridades afirmam ser resultado de uma alegada chantagem e extorsão ao empresário e ex-presidente da CTA, Agostinho Vuma.
“I will hunt them all — Irei caçá-los a todos e levá-los à barra da justiça!” (Nando Mabica)