“A tendência para a intolerância é tão grande, a intolerância, seja política, religiosa, cultural, étnica, social, tudo isso, posso dizer que são causas dos nossos conflitos diários, toda essa tendência da intolerância”, alertou.
Sob o lema “Moçambique primeiro”, o líder religioso não só prometeu a parceria das confissões com o Governo, como também lançou um sério alerta sobre a degradação dos valores humanos e o perigo que a falta de aceitação do outro representa para a estabilidade do país.
“Os religiosos de Moçambique, muçulmanos, cristãos, hindus, entre outros, estão unidos para combater os vícios e a intolerância, utilizando as Escrituras como base para o bem-estar social, sob o princípio de que “Moçambique Primeiro” exige a transformação individual para alcançar a paz colectiva.
Neste contexto, o COREM assume a responsabilidade de ser um “grande parceiro das autoridades e do governo” na missão de incutir o espírito de tolerância. O Sheikh Aminuddin apelou aos ensinamentos dos profetas que pregaram a não-violência e demonstraram tolerância mesmo perante os seus inimigos.
Sheikh Aminuddin Mohammad foi incisivo ao descrever como o desenvolvimento tecnológico e o progresso mundial falharam em resolver os problemas humanos. Pelo contrário, alertou que a humanidade não conseguiu “controlar a qualidade animalística dentro de si próprio”, o que se reflecte no comportamento social.
O líder religioso sublinhou que esta falta de aceitação está conduzindo ao desaparecimento de virtudes essenciais para uma sociedade sã. Segundo ele, qualidades como a solidariedade, o perdão, a justiça, a paciência e, sobretudo, a tolerância, estão a “tornar-se em vias de extinção”. (Ekibal Seda)