O secretário-geral da ONU assegurou esta terça-feira que se encontrará com o primeiro-ministro de Israel na próxima semana, se Benjamin Netanyahu pedir. António Guterres disse ainda que, apesar de não ter poder legal para descrever o que se passa em Gaza como genocídio, o que está a acontecer é horrível.
O secretário-geral da ONU avançou ainda que terá mais de 150 reuniões bilaterais durante a Assembleia-geral das Nações Unidas, nas quais vai “pressionar os líderes” a ultrapassar divisões e a “reduzir os riscos”.
“Os líderes estão a caminho de Nova Iorque para o 80.º aniversário da ONU e a Semana do Alto Nível da Assembleia-geral. Alguns chamam-lhe o Campeonato do Mundo da diplomacia. Mas não se trata de marcar pontos. Trata-se de resolver problemas. Há muito em jogo”, afirmou Guterres.
“Estamos a reunir-nos em águas turbulentas — até mesmo desconhecidas. Divisões geopolíticas a alargar-se. Conflitos a intensificarem-se. Impunidade a aumentar. O nosso planeta a sobreaquecer. Novas tecnologias a avançar sem barreiras. Desigualdades a aumentar a cada hora. E a cooperação internacional está sob pressão, sob pressões nunca vistas nas nossas vidas”, salientou.
Para o antigo primeiro-ministro português, a presença de dezenas de líderes neste evento anual da ONU é uma oportunidade de diálogo e mediação que o mundo não pode perder.