A fonte relatou que a família não viu nem recebeu o corpo, mas todas as diligências feitas pelos familiares levaram a crer que Arlindo Chissale foi morto após várias torturas.
A mesma fonte próxima à família acrescentou que os familiares, além de estarem em pânico, vivem com medo devido a supostas ameaças de pessoas desconhecidas.
Em um comunicado, a Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos afirmou, no dia 17 de Janeiro, que um jovem presenciou, na aldeia Silva Macua, no distrito de Ancuabe, um incidente envolvendo Arlindo Chissale e agentes da polícia que o forçaram a descer de um veículo mini-bus que o transportava com destino a Nacala-Porto.
Após ser forçado pelos agentes, segundo o comunicado, Arlindo Chissale foi levado para uma viatura sem chapa de matrícula, onde também estavam outras cinco pessoas vestidas à civil, sendo supostamente transportadas de volta à cidade de Pemba.
Arlindo Chissale, que foi jornalista na rádio comunitária de Nacala-Porto, chefe de gabinete do Conselho municipal de Nacala e, nos últimos dias, se destacou como um dos defensores do projecto do político Venâncio Mondlane. Através do Pinnacle News, reportou com frequência sobre os ataques terroristas na província de Cabo Delgado. (INTEGRITY)