A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) alerta que o número de desempregados pode ultrapassar 500 mil, caso o vandalismo e as pilhagens persistam.
Segundo Onório Manuel, Vice-presidente do pelouro da Indústria da CTA, cerca de 40% do tecido industrial do país foi vandalizado, com prejuízos superiores a 24,8 mil milhões de meticais. A maioria dos danos ocorreu na província de Maputo, afectando significativamente o sector industrial.
“Estamos a dizer que cerca de 40% do tecido industrial de Moçambique foi vandalizado”, afirmou
Manuel alertou para o impacto económico, incluindo escassez de produtos no mercado e uma subida acentuada dos preços. “”Das 500 empresas que foram saqueadas e vandalizadas, uma parte considerável dessas empresas não se vão erguer com facilidade”, sublinhou.
A CTA adverte que a situação afecta todos os moçambicanos, mesmo os que não participaram nas manifestações. O aumento de preços e a falta de bens essenciais são ameaças iminentes, caso o ciclo de vandalismo continue.
“Vamos ter escassez de produtos e os poucos produtos que poderemos continuar a ter, naturalmente, vão registrar uma subida galopante de preço”.
Os empresários, continuam a calcular os prejuízos, mas o cenário é preocupante, com muitas empresas a enfrentarem dificuldades para retomar as suas actividades. Com isso, a confederação reforça a necessidade de uma intervenção urgente para evitar o colapso do mercado e o agravamento da crise social.
De referir que, a terminada fase Turbo V8, foi a mais severa para a economia, contando com saques, vandalização e por vezes, destruição de estabelecimentos comerciais de grande e pouco investimento, sem discriminação de empreendimento a sofrer. (Integrity Magazine)