A informação foi avançada pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, numa reunião entre o Governo e representantes das empresas filiadas à Câmara de Comércio e Indústria de Moçambique e África do Sul.
“A actividade do corredor de Maputo está a funcionar normalmente, evidentemente com o corredor de segurança bastante apertado e há uma total coordenação com as Forças de Defesa e Segurança. Também percebemos que há algumas actividades que estão sendo feitas a nível da comunidade”, referiu Silvino Moreno.
Na ocasião, sem revelar números, o ministro avançou que as empresas relataram prejuízos avultados por conta dos protestos do “Turbo V”. Prevê-se que os prejuízos causem também impactos sociais nas comunidades onde as empresas estão instaladas.
Como forma de mitigar choques futuros, uma vez que prevê-se a continuidade das manifestações, os investidores sul-africanos em Moçambique, criaram um grupo para gestão e mitigação de riscos decorrentes dos protestos.
“Eles criaram um grupo de gestão de crise, que é um grupo que olha para as operações de forma diária e boa parte das empresas usam o corredor do Maputo, recebem os seus produtos, a matéria-prima e produtos acabados a partir da fronteira de Ressano Garcia e este grupo de crise também tem neste momento tem a função de gerir o uso do corredor”, contou Moreno.
Em relação a paralisação das actividades da Sasol, o ministro esclareceu que a situação havia sido motivada por falhas de comunicação entre a empresa e a comunidade e não porque a mesma não cumpria com os seus deveres comunitários.
“Houve algumas notícias de paralisação da Sasol, mas fomos hoje informados que retomou as suas actividades, portanto tudo em negociação com a comunidade que a circunda. E ficamos bastante satisfeitos em perceber que foi um problema de comunicação, portanto as várias questões que eram levantadas no caderno, 80% estavam em execução e outras estavam concluídas”, comentou. (Ekibal Seda)