Segundo o documento, cinco ataques foram registrados desde janeiro de 2024, nos quais a artilharia ruandesa e o M23 dispararam foguetes contra campos de deslocados e centros populacionais. A Human Rights Watch revelou que esses ataques resultaram em baixas civis e agravaram a situação humanitária na região. A organização também acusou o exército congolês e as suas milícias aliadas de contribuírem para a exposição de civis, ao instalarem artilharia perto dos acampamentos, o que transformou esses locais em alvos vulneráveis a novos ataques.
As Nações Unidas confirmaram a presença militar do Ruanda na RDC e afirmaram que o exército ruandês e o M23 têm operado em conjunto no país. Kigali, no entanto, negou qualquer envolvimento nas acções. A Human Rights Watch apela às autoridades congolesas e à comunidade internacional que tomem medidas mais eficazes para proteger os civis, alertando para o aumento do número de deslocados e o agravamento da crise humanitária.
Contudo, estima-se que mais de meio milhão de pessoas tenham sido forçadas a abandonar as suas casas e procurar abrigo em acampamentos nos arredores de Goma, onde enfrentam condições de vida precárias, com escassez de alimentos, água e assistência médica. A situação de segurança continua a deteriorar-se, e a população civil permanece em risco devido ao conflito contínuo entre as forças governamentais, milícias rebeldes e intervenções militares externas. (Bendito Nascimento)