Além de Lemos, foram premiados o activista de direitos humanos palestino Issa Amro, por sua resistência não violenta contra a ocupação israelense na Cisjordânia; Joan Carling, das Filipinas, por sua actuação na proteção de povos indígenas; e a Forensic Architecture, um grupo de pesquisa britânico que usa ferramentas digitais para garantir justiça e responsabilização em casos de violações de direitos humanos e ambientais.
Criado em 1980 pelo sueco Jakob von Uexkull, o Right Livelihood já contemplou 198 laureados de 77 países. A honraria, também conhecida como o “Nobel Alternativo”, é concedida anualmente a pessoas e organizações que oferecem respostas práticas e exemplares aos desafios mais urgentes do mundo.
A escolha de Anabela Lemos reflecte a luta das comunidades moçambicanas que enfrentam os impactos negativos de grandes projectos de mineração, petróleo e gás. Desde 2004, ela actua para proteger o meio ambiente e defender os direitos das populações locais, frequentemente prejudicadas por decisões políticas e empresariais que ignoram os danos ambientais e sociais.
A cerimônia de entrega do prêmio está marcada para o dia 29 de novembro, em Estocolmo, Suécia. (Bendito Nascimento)