Na ocasião, o Estadista agradeceu aos países representados pelos respectivos chefes das missões diplomáticas pelo apoio na eleição de Moçambique como membro não-permanente das Nações Unidas, tendo avançado a agenda que Moçambique pretende defender.
“Inspirado no tema do nosso mandato centrado na paz e segurança internacional e desenvolvimento sustentável, no próximo mês de Março, Moçambique assumirá a presidência rotativa do Conselho [da Segurança da ONU]. O tema que iremos presidir será subordinado ao tema do combate ao terrorismo e prevenção do extremismo violento, através do reforço da cooperação entre as Nações Unidas e os organismos e mecanismos regionais.”
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Perante os chefes de missões diplomáticas acreditados no país, o Chefe de Estado defendeu a não ingerência dos diplomatas nos assuntos internos. “Que este encontro seja para reafirmar o respeito mútuo pela soberania do país e integridade territorial. Os meus embaixadores acreditados nos vossos países são instruídos e orientados a observar esse respeito.
Segundo, que haja reconhecimento da igualdade entre os Estados, não há Estado pequeno nem Estado grande. Terceiro, que não haja ingerência nos assuntos internos. Os meus embaixadores estão totalmente instruídos a não meter-se na vida dos países onde se encontram; não ir onde não devem ir, não falar o que não devem”, advertiu.
Noutro desenvolvimento, o Chefe de Estado revelou ainda desenvolvimentos em relação ao processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração de homens da Renamo. “Enquanto procuramos estabelecer um consenso sobre o encerramento da última base da Renamo, na província de Sofala, criamos um grupo que se dedica à questão de pensões dos beneficiários do DDR, componente essencial para a sustentabilidade do processo. Continuamos a interagir com os parceiros, incluindo instituições financeiras internacionais e a comunidade internacional na questão complexa das pensões. O modelo do DDR poderá contribuir no aprimoramento dos padrões integrados do DDR das Nações Unidas e servir de referência para a resolução sustentável de conflitos internos de outras latitudes do mundo”, confiou.
Sobre o processo de descentralização, Nyusi voltou a defender a discussão em relação à viabilidade das eleições distritais em 2024 e pediu ajuda dos parceiros para a viabilização das eleições autárquicas deste ano. “Lançamos um apelo à sociedade para uma reflexão profunda, realista e desapaixonada sobre a viabilidade das eleições distritais, como prevê a Constituição [da República]. A nossa Assembleia da República aprovou a criação de mais 12 autarquias, as acções preparativas das 65 autarquias já estão em curso. Mais uma vez, exortamos os nossos parceiros de desenvolvimento ao apoio necessário para o sucesso deste processo.”
O Estadista voltou a defender compensação aos países que menos poluem e sofrem os efeitos das mudanças climáticas. “As promessas que foram feitas depois dos ciclones Idai e Kenneth, apenas um terço é que se conseguiu fazer o desembolso. Há um modelo de desembolso que se tem feito através de organizações, não estamos contra, mas o que notamos é que vemos mais visitas aos locais afectados e mais seminários e isso não tem impactos na vida das populações e para nós fica difícil monitorar”, criticou Nyusi.
No final do encontro, houve espaço para confraternização entre os membros do Governo e os chefes das missões diplomáticas acreditados em Moçambique. (Texto: Jornal O País/ Integrity)
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