E os donos? Já levaram! Com sorriso, discursos patrióticos e contas bancárias inchadas. O povo? Esse ficou com os recibos, se é que existiram, e com o velho refrão: “temos que apertar o cinto, houve desvio de fundo, sumiram milhões, bla bla, bla. A Verdade é que comeram.
É assim que eles veem? Como se o suor do povo fosse apenas taxa de entrada para o clube dos bem sentados? O país discute transparência enquanto o dinheiro escorrega como sabão em banho de mentiras.
Afinal, soberano é o quê? O silêncio? O segredo? Ou a impunidade de quem acha que memória colectiva é curta e que revolta cabe num likes?
No fim, só resta uma certeza: não era fundo soberano, era fundo sumido. (Milda Langa)






