Segundo o documento, as principais drogas confiscadas foram cannabis, heroína e cocaína. No total, as autoridades apreenderam 452,9 kilos de cannabis, avaliados em 1,35 milhão de meticais; 79,5 kilos de heroína, avaliados em 47,7 milhões de meticais; e 109,6 gramas de cocaína, com valor estimado em 87.600 meticais.
O relatório refere ainda a apreensão de 416,8 kilos de metanfetamina, 4,2 kilos de haxixe e 11,6 kilos de anfetamina, sem registo de apreensões de khat ou morfina durante o período em análise.
Entre Janeiro e Junho, foram instaurados 214 processos-crime relacionados com tráfico e consumo de drogas. Desses, 68 referem-se ao tráfico de pequenas quantidades, 49 ao consumo e 47 ao tráfico associado a outras actividades ilícitas.
O documento aponta ainda que 199 pessoas foram condenadas, sendo 50 na cidade e província de Maputo, 33 em Tete e 21 em Gaza. Outras 42 foram absolvidas, enquanto 39 arguidos aguardam julgamento.
No mesmo período, 308 cidadãos estrangeiros foram detidos por envolvimento em crimes de droga, uma queda significativa face aos 941 registados no primeiro semestre de 2024.
As autoridades identificaram três principais rotas de tráfico: terrestre (pelas fronteiras com Tanzânia, Malawi e Zimbábue), marítima (pelos portos da Beira, Nacala e Maputo) e aérea (pelos aeroportos internacionais de Maputo e Nampula). O relatório destaca que Moçambique continua a ser um ponto estratégico de trânsito de drogas com destino à África do Sul e à Europa.
Durante o mesmo período, foram incinerados 454,1 quilos de drogas apreendidas, incluindo 285 kilos de cannabis, 33,8 kilos de heroína e 127,6 quilos de metanfetamina.
Comparativamente ao primeiro semestre de 2024, o GCPCD aponta uma redução nas apreensões, interpretada como resultado do reforço das acções de prevenção e combate ao tráfico em todo o país. (Nando Mabica)






