Na cerimónia de inauguração, realizada na Quarta-feira, dia 16, a Directora das Mediatecas do BCI, Carla Mamade, destacou a profundidade simbólica da exposição, sublinhando que “são obras que nos convidam a reflectir sobre o tempo, sobre o reencontro entre gerações e sobre a memória, que é também a matéria da vida”.
Mamade acrescentou ainda que os dois artistas “propõem um diálogo poético e crítico entre linguagens distintas, mas unidas pela sensibilidade e pela consciência do lugar que a arte ocupa na reconstrução simbólica da nossa história colectiva”.
Para o BCI, reforçou a responsável, “apoiar projectos como este é motivo de orgulho e de continuidade de um percurso já consolidado no incentivo à cultura nacional. Acreditamos que valorizar os artistas moçambicanos é fortalecer a identidade cultural e contribuir para um país cada vez mais atento, mais criativo e mais inclusivo”.
Na perspectiva dos artistas, a exposição simboliza, tal como o título sugere, um reencontro de duas visões artísticas complementares, após vinte e cinco anos de percurso conjunto e um longo período de afastamento.
“Este é o poder da arte: reunir as pessoas, para a partilha de pensamentos, de sentimentos e de muitas outras coisas”, afirmou Vasco Manhiça, agradecendo ao BCI e a outros parceiros pelo apoio prestado.
Por sua vez, Bernardo Tomo partilhou a sua emoção e preocupação em torno do papel da arte e da cultura na sociedade, apelando a uma maior valorização da cultura e ao respeito pelo tecido social, frisando que “a cultura deve prevalecer”.
Com esta iniciativa, o BCI reafirma a sua aposta contínua na valorização do talento e da expressão artística moçambicana, continuando a abrir as portas das suas Mediatecas e auditórios à expressão criativa e à promoção de uma cultura cada vez mais participativa e inclusiva.
