Quem o disse foi a Presidente do Instituto Nacional Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, que falava, no distrio do Guijá, província de Gaza, na segunda-feira (13), data em que se assinalou o Dia Internacional de Redução do Risco de Desastres.
A cerimónia central decorreu na Escola Secundária Samora Machel, na comunidade de Tomanine, onde a dirigente lembrou aos presentes que a gestão e redução do risco de desastres requerem políticas robustas, para a resiliência aos desastres.
Estas políticas, segundo assinalou a gestora, permitem o desenho do planeamento do uso da terra, melhores sistemas de aviso prévio, planos de gestão ambiental e de evacuação e, sobretudo, educação e cooperação a todos os níveis.
“Celebramos o Dia Internacional de Redução do Risco de desastres, numa altura em que continuamos a assistir, em todo o mundo, os efeitos devastadores da ocorrência de vários riscos ou ameaças, incluindo cheias, ciclones, epidemias, pandemias e seca”, afrimou Meque, sublinhando que a pressão a todos em engajar-se em acções da redução do risco de desastres nunca foi grande como actualmente.
Entre os presentes na cerimónia do Dia Internacional de Redução do Risco de Desastres, estavam, maioritariamente, crianças e adolescentes, para quem Meque pediu mais atenção.
“Em todo o mundo milhares de crianças estão em risco extremamente elevado devido aos impactos dos desastres. Por isso, é importante que as crianças e os jovens sejam capacitados para se protegerem devidamente dos impactos dos diferentes riscos ou ameaças a que o nosso Pais, em particular, e o Planeta, em geral, estão expostos”, assinalou.
Antes de Tomanine, a primeira comunidade que hospedou as actividades do INGD foi a de Malemane, onde a instituição implantou um furo de abastecimento de água potável e uma estufa agrícola, na qual produz-se hortícolas, para melhorar a dieta alimentar da população e para geração da renda, no contexto das acções antecipadas dsenvolvidas pela instituição.
O reservatório de água está a responder às dificuldades da população que anteriormente bebia de água não potável, tornando-a resiliente aos efeitos da seca, muito predominante nesta região.
Num outro desenvolvimento, a dirigente alertou que as previsões climáticas para a época chuvosa 2025-2026, no país, indicam que, no geral, entre os meses de Outubro e Março de 2026, haverá chuvas intensas em algumas zonas do país, situação que poderá causar transborde de rios e inundações em algumas cidades e vilas.
“Neste momento, estamos a finalizar a elaboração do nosso Plano Anual de Contingência para a época chuvosa e ciclónica 2025-2026, que é o principal instrumento de planificação do Governo para a resposta e gestão multissectorial de situações de emergências em Moçambique. Este documento é elaborado anualmente com o envolvimento dos nossos parceiros de cooperação e, posteriormente, é submetido ao Governo para a sua aprovação”, afirmou a gestora.
Na cerimónia que decorreu sob o lema “Financiar a Resiliência, Não os Desastres”, estiveram presentes o Administrador do Distrito do Guijá, Jaime Mugabe, a representante da Coordenadora Residente das Nações Unidas em Moçambique, representantes da Governadora, do Secretário do Estado da província de Gaza, entre outros parceiros de cooperação.







