O projecto, denominado “Vida e Sol”, terá como grupo-alvo pessoas vivendo com HIV e jovens e adolescentes dos 15 aos 24 anos, abrangendo mais de duas mil pessoas. As actividades serão realizadas nas comunidades e em cinco escolas locais, com o apoio técnico de dez facilitadores e dois supervisores.
Desde Quinta-feira decorre a formação dos facilitadores, que terão a missão de transmitir mensagens-chave de prevenção e de apoio às comunidades.
O presidente da Associação Tsinela, Agnes Basso, explicou que as acções visam contribuir para a redução da prevalência do HIV/SIDA em Massinga, actualmente estimada em mais de 20 mil doentes.
“Com este projecto queremos reduzir os índices da doença no distrito, sobretudo entre os jovens e adolescentes, que continuam a ser o grupo mais vulnerável”, destacou.
Basso acrescentou ainda que o projecto irá trabalhar directamente com pessoas vivendo com HIV, para reforçar a confiança e a eficácia da comunicação.
“Ao envolvermos pessoas seropositivas no processo, garantimos que a mensagem seja mais próxima, mais real e melhor compreendida”, afirmou.
A nossa reportagem ouviu também os participantes da formação. Maria João, de 19 anos, disse estar motivada para levar a mensagem à comunidade:
“Aprendi que a prevenção é fundamental e quero partilhar isso com os meus colegas e vizinhos, para que juntos possamos travar a doença”, referiu.
Já Manuel Tomás, de 22 anos, destacou a importância do engajamento da juventude:
“Nós, jovens, precisamos de estar na linha da frente. O HIV/SIDA continua a afectar muitas famílias e é nosso dever contribuir para reduzir os casos”, afirmou.
Com este financiamento, a Associação Tsinela espera contribuir para a melhoria da saúde pública em Massinga e oferecer novas ferramentas de prevenção às comunidades e escolas abrangidas pelo projecto. (Armindo Vilanculos)