No documento de oito páginas, datado de 21 de Agosto de 2025, Mondlane reivindica um assento à mesa do diálogo, argumentando que a sua posição como segundo candidato presidencial mais votado nas eleições de 2024 lhe confere legitimidade para participar no processo. Para sustentar o pedido, o líder do ANAMOLA evoca dois-pontos centrais:
- Representatividade social – o partido afirma falar por uma “franja significativa” da população moçambicana.
- Reconhecimento institucional – Mondlane integra o Conselho de Estado, estatuto atribuído aos candidatos mais votados.
A carta vai além da reivindicação política. O ANAMOLA propõe uma alteração legislativa urgente para permitir a inclusão de partidos relevantes, mesmo sem assento parlamentar, no âmbito do diálogo nacional. Para isso, solicita que a revisão do artigo 1.º da Lei n.º 1/2025 seja submetida ao procedimento legislativo simplificado pela Assembleia da República.
“A paz e o diálogo devem ser menos falados e mais praticados”, escreve Mondlane, deixando clara a sua crítica ao actual formato do processo.
A entrada do ANAMOLA no diálogo teria implicações directas na dinâmica negocial, ampliando a representatividade e, ao mesmo tempo, testando a abertura do Governo à inclusão política. Para o Executivo, aceitar a proposta sê um gesto de reconciliação e legitimidade, mas também traz riscos:
Fortalecimento de uma força política emergente, que vem crescendo fora da lógica tradicional dos partidos com assento parlamentar.
Pressão sobre os partidos estabelecidos, especialmente os que compõem o actual compromisso político. Por outro lado, recusar o pedido pode alimentar a narrativa de exclusão e colocar em xeque o conceito de “diálogo inclusivo”, defendido como bandeira pelo Governo.
Com a recente assinatura da adenda ao Compromisso Político para o Diálogo Nacional Inclusivo, o debate sobre quem deve estar à mesa ganha novos contornos. ANAMOLA não é um partido com representação parlamentar, mas a sua visibilidade eleitoral e o protagonismo de Mondlane no discurso oposicionista dificultam a sua marginalização sem custos políticos.
Analistas acreditam que esta movimentação pode marcar o início de uma nova fase do jogo político moçambicano, onde a pressão por reformas e inclusão será cada vez mais intensa. (Nando Mabica)








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