A partir da Terça-feira, as aeronaves CRJ 900 foram retiradas de serviço, obrigando a companhia a operar com apenas três aviões – após a integração temporária de uma aeronave Embraer 145.
Com essa frota reduzida, a LAM não teve outra opção senão reajustar os horários de vários voos, numa medida que poderá afectar milhares de passageiros em todo o país. Embora a empresa afirme estar a contactar os clientes afectados, a confiabilidade dessa comunicação permanece em dúvida, considerando os episódios recorrentes de falhas no atendimento ao público.
Em nota, a companhia garante que reforçou as suas equipas técnicas e os canais de comunicação, mas não apresentou detalhes sobre como vai resolver os problemas estruturais que comprometem a sua imagem e a confiança do consumidor.
Esta situação evidencia, mais uma vez, a fragilidade da LAM, que há anos enfrenta dificuldades operacionais, falta de manutenção adequada das suas aeronaves, e uma gestão frequentemente criticada por falta de transparência e planeamento. Ainda assim, a transportadora insiste em prometer um serviço de “qualidade”, mesmo quando os factos apontam para uma realidade bastante diferente. (Nando Mabica)
