No distrito de Namacurra, manifestantes incendiaram o edifício do Governo Distrital, a sede do partido Frelimo, a Direcção Distrital de Educação, os escritórios do SERNIC e o sector de Registos e Notariados. A casa do Administrador do distrito foi cercada, e relatos indicam que também foi alvo de destruição iminente.
Em Quelimane, um autocarro do Hospital Central, que transportava pessoal de saúde para substituir o turno da manhã, foi atacado, deixando os trabalhadores retidos. Um ATM no mercado Lixo foi vandalizado, assim como diversos estabelecimentos comerciais privados.
No distrito de Mulumbo, a casa do Primeiro Secretário da Frelimo foi invadida e destruída. Manifestantes incendiaram dois veículos no local e vandalizaram toda a residência.
Na Maganja da Costa, o município foi queimado, assim como a casa do diretor da escola secundária local. Residências de membros influentes do partido Frelimo também foram atacadas.
No distrito de Gilé, todos os postos policiais em áreas administrativas foram incendiados, deixando a região sem protecção e agravando o clima de insegurança.
Em Alto Molócuè, manifestantes incendiaram uma loja da Pep e ergueram barricadas em várias estradas, interrompendo o tráfego. Dois autocarros que viajavam de Maputo para Nampula foram queimados, deixando dezenas de passageiros retidos.
A situação é igualmente preocupante na cidade de Quelimane, onde houve relatos de tiroteios durante a noite, enquanto pneus eram queimados em várias áreas.
Os protestos na Zambézia, que começaram como uma reacção aos resultados eleitorais que deram vitória ao partido Frelimo e ao seu candidato presidencial Daniel Chapo, escalaram rapidamente para níveis de violência e destruição.
Contudo, até o momento, não há informações sobre o número de feridos ou detidos, mas tudo indica para eventuais manifestações similares ao fim do dia, em resposta a fase Turbo V8 anunciado por Venâncio Mondlane que havia dito que seria activado por Lúcia Ribeiro ao dar a vitória para a Frelimo. (Bendito Nascimento, na Zambézia)