A unidade de saúde enfrenta uma grave escassez de sangue, com apenas 47 unidades disponíveis, enquanto são necessárias mais de 200 para atender a demanda.
O Director clínico, Jeremias Vilanculos, atribuiu a escassez às manifestações violentas que impediram a realização das campanhas de doação de sangue, tradicionalmente realizadas a partir de outubro. Essa interrupção dificultou o acesso de doadores aos pontos de colecta e também a mobilização de profissionais de saúde para as campanhas.
Para evitar uma tragédia maior, o hospital lançou um apelo à população, especialmente aos doadores regulares e potenciais, para que compareçam ao banco de sangue e outros locais de colecta do líquido vital, que serão anunciados. A doação de sangue é crucial para salvar vidas, e a contribuição de cada pessoa pode fazer uma grande diferença.
Além da falta de sangue, o hospital enfrenta reclamações de doadores que relatam condições inadequadas após a doação. Muitos, como Manuel Saíde, relataram falta de refeições adequadas, o que desencorajou a continuidade das doações. Essa situação compromete a relação entre os doadores e o banco de sangue, agravando ainda mais o problema.
Com uma média de 400 pacientes diários e um aumento esperado durante a quadra festiva, o HCN está em uma situação delicada. Sem uma resposta rápida da comunidade e melhoria nas condições para os doadores, a capacidade do hospital de salvar vidas estará gravemente comprometida. (F.E., em Nampula)