Os mísseis hipersônicos, que podem viajar a velocidades superiores a 6.174 km/h, foram disparados em um contexto de crescente tensão na região, exacerbada pelos conflitos recentes na Faixa de Gaza e nas operações militares no Líbano. O comando das Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmou que o Irão enfrentará uma “resposta muito dura”, intensificando a retórica bélica entre os dois países.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu que o Irão “pagará caro” pelo lançamento dos mísseis, advertindo que qualquer retaliação de Teerã resultaria em uma “vasta destruição”. O governo iraniano, por sua vez, justificou o ataque como uma retaliação pelos assassinatos de líderes militantes e pela agressão israelense contra seus aliados no Líbano e em Gaza.
A Guarda Revolucionária do Irão afirmou que foram disparados mais de 200 mísseis balísticos em duas ondas de ataque, com uma diferença de dez minutos entre elas. A mídia estatal iraniana destacou que os mísseis Fattah-2 foram utilizados, descritos como uma arma “de última geração” com capacidade de planar e atingir alvos a até 1.400 km de distância. Portanto, este desenvolvimento tecnológico solidifica a posição do Irã como uma das poucas nações capazes de fabricar mísseis hipersônicos.
A reacção em Israel foi imediata, sirenes soaram em todo o país, e explosões foram relatadas em cidades como Jerusalém e Tel Aviv. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, declarou que “o Irão em breve sentirá as consequências de suas acções”, reafirmando a disposição de Israel para retaliar.
Reacção Internacional: Os Estados Unidos expressaram apoio total a Israel, com o porta-voz da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmando que haveria “consequências graves” para o Irã. Embora não tenha especificado a natureza dessas consequências, Sullivan deixou claro que os EUA iriam colaborar com Israel para enfrentar essa nova ameaça.
A escalada das hostilidades também provocou um aumento significativo no preço do petróleo, que subiu 5% em meio a temores de uma guerra mais ampla. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião para discutir a situação no Oriente Médio, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o que chamou de “escalada após escalada” e pediu um cessar-fogo urgente.
Impactos Humanitários: As tensões se intensificaram após o início de uma operação terrestre de Israel no Líbano e uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza. O conflito já resultou em deslocamentos significativos de civis no norte de Israel, onde a população está em alerta máximo.
Contudo, com o Irão e Israel em rota de colisão, o cenário no Oriente Médio se torna cada vez mais volátil, levando analistas a temer que a situação possa escalar em um conflito regional mais amplo. (Bendito Nascimento)