Apesar da ausência de um comunicado oficial do Gabinete de Comunicação e Relações-Públicas, o termo de posse foi lido pelo chefe de Gabinete, Califa Soares Cassamá, que incluiu a nomeação de Suzana Embaló conforme os decretos presidenciais nº 36, 21 e 38.
O perfil de Suzana Embaló no LinkedIn já a apresenta como “conselheira do Presidente da República”, e ela foi vista em eventos internacionais, incluindo a visita de Estado à China em Julho e a cimeira África-Coreia em Junho.
A nomeação provocou reações negativas entre os opositores. O Fórum para a Salvação da Democracia, citado pela DW, que inclui partidos como APU-PDGB, PRS e MADEM-G15, expressou “tristeza e preocupação”, acusando Sissoco Embaló de transformar o Estado guineense numa propriedade pessoal.
O jurista Vladimir Gomes, também citado pela DW, observou que, legalmente, não há restrições específicas na Guiné-Bissau quanto à nomeação de parentes para cargos públicos. No entanto, ressaltou que a decisão levanta questões éticas sobre competência e nepotismo. Além deste, Edmar Nhaga, vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, expressou surpresa com a nomeação, argumentando que ela contraria o compromisso declarado de Sissoco Embaló com o combate à corrupção e nepotismo.
Até o momento, a Presidência da República Guineense não forneceu esclarecimentos adicionais sobre o decreto presidencial mencionado. (BN)