O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (www.AfDB.org) aprovou um empréstimo de 140,6 milhões de dólares ao ESwatini para a primeira fase de um programa destinado a melhorar as ligações rodoviárias e a mobilidade a nível nacional e regional, tanto nas zonas urbanas como rurais, e a criar pelo menos 200 postos de trabalho.
A inadequação das infraestruturas rodoviárias é uma das principais razões pelas quais o desenvolvimento socioeconómico tem tido dificuldade em progredir nas regiões de Lubombo e Shiselweni. Estas regiões dispõem de recursos agrícolas abundantes, mas as oportunidades de emprego são limitadas e os jovens carecem de competências essenciais.
O investimento em infraestruturas rodoviárias permitirá a melhoria de 105,9 km de estradas pavimentadas. Os novos pavimentos rodoviários serão adaptados às alterações climáticas, permitindo o transporte em todas as condições climatéricas a nível local e em toda a região. Os troços Siphofaneni-Sithobelath-Maloma-Nsoko (MR14) e Maloma-Siphambanweni (MR21) serão melhorados e terão uma largura de 12,3 metros, incluindo bermas pavimentadas de 2 metros em cada lado da estrada, bem como pontes. O efeito será a redução dos tempos de deslocação e dos custos de manutenção dos veículos.
O projecto inclui igualmente a construção de uma instalação de pesagem de carga por eixo ao longo da estrada MR14. Além disso, será prestado apoio às reformas setoriais dos quadros políticos e institucionais no domínio da segurança rodoviária (as disposições atuais em matéria de segurança rodoviária não são aplicadas de forma coerente) e à conceção de um programa de controlo da carga por eixo.
Ao congratular-se com o projecto, Moono Mupotola, representante do Banco no ESwatini, declarou: “Acima de tudo, o projeto contribuirá para a redução da pobreza, criando empregos bem remunerados para os jovens de regiões economicamente desfavorecidas, como Lubombo e Shilselweni”. Este objetivo, acrescentou, “será alcançado através de programas específicos de formação profissional e de aprendizagem; pelo menos 200 jovens beneficiarão da obtenção de qualificações formais e de competências profissionais e técnicas adaptadas às necessidades do mercado”.
O Banco iniciou as suas actividades no ESwatini em 1972 e as suas contribuições acumuladas no país até à data ultrapassam os 820 milhões de dólares sob a forma de subvenções e empréstimos concessionais. As intervenções do Banco incluíram investimentos em vários setores (agricultura, minas, energia, água e saneamento, transportes, finanças, governação e comunicação, atividades baseadas no conhecimento, diálogo sobre políticas e assistência técnica).