A vítima, Dina Bassopa, foi brutalmente golpeada na cabeça enquanto dormia na sua residência. Vivendo apenas com dois netos, foi a neta quem avistou o vulto do agressor, mas, temendo colocar-se igualmente em risco, não conseguiu reagir no momento.
O irmão da falecida, Esmael Bassopa, contou à nossa reportagem que Dina tinha uma convivência tranquila e não alimentava conflitos com ninguém da comunidade.
“A minha irmã foi assassinada por indivíduos deste povoado, e isso nos entristece profundamente”, lamentou.
A liderança comunitária de Sandódzue, representada por Heneri Chundiza, afirma que o caso gera apreensão entre os residentes e exige uma resposta firme das autoridades e da própria comunidade.
“Estamos desolados com este fenómeno de assassinatos contra idosas. É algo novo e preocupante. Estamos a trabalhar para identificar os malfeitores”, disse.
O sucedido reacende o debate sobre a vulnerabilidade de pessoas idosas em zonas rurais, onde casos isolados de violência têm surgido nos últimos anos, muitas vezes associados a crenças infundadas e acusações de feitiçaria. Organizações locais têm alertado para a necessidade de reforçar acções de educação comunitária, vigilância e protecção dos mais vulneráveis.
As autoridades policiais ainda investigam o caso e não há, até ao momento, suspeitos formalmente identificados. Entretanto, a população de Sandódzue vive em sobressalto, temendo que novos ataques possam ocorrer caso os responsáveis não sejam rapidamente neutralizados. (Rodrigues Luís)







