A INTERPOL gerencia as bases de dados policiais de 196 países com informações sobre crimes e criminosos, com acesso em tempo real nos países, onde oferecem suporte investigativo, como perícia forense, análise e assistência na localização de fugitivos em todo o mundo.
Entretanto, a sua vinda ao País não é por acaso, sabe-se que Moçambique é um dos principais corredores de grandes sindicatos criminais que transcendem a realidade local e abalam sistemas governativos regionais e continentais, facto é o País ser um dos principais corredores do narcotráfico e desde principais do presente ano, o País deixou de ter uma representação do Departamento de Anti-Droga dos EUA que ajudou bastante o País em operações complexas, sendo coberto a partir da África do Sul.
Outrossim, a chegada da INTERPOL acontece também pelo facto de Moçambique ser um dos países onde vários produtos são contrafeitos. Carros roubados em alguns países da região são facilmente integrados no sistema de legalização pelo menos documentalmente, mas o que muita gente que adquire não imagina é que tudo é fabricado internacionalmente, tem um código da patente e uma base de dados de verificação da autenticidade. No entanto, nos últimos 10 a 15 anos, o País transformou-se no antro da contrafacção onde quase tudo, inclusive roupas interiores na sua maioria são contrafeitas, o que prejudica de tal forma as empresas criadoras originais dos produtos.
Segundo um especialista investigativo ouvido pela “Integrity” e que pediu anonimato, uma vez que presta serviços a grandes marcas globais e que há anos vem trabalhando arduamente para travar o fenómeno da contrafacção e pirataria no País, disse que “o grande problema no País surge devido a protecção política que estás redes criminosas possuem, uma vez que a primeira coisa que fazem para se estabelecerem é criar fortes laços comerciais com famílias ou figuras governamentais influentes. Facto é, que mesmo com provas contundentes alguns são detidos e posteriormente soltos, sem qualquer explicação palpável, uma vez que controlam o mercado e têm forte protecção política.”
A fonte avançou que a escolha de Nampula e Zambézia (Quelimane) para o início da operação é pelo facto de serem epicentros e esconderijos de grandes redes de narcotráfico actualmente, onde dados actuais e confirmados pelas autoridades nos últimos anos, indicam que diferentes grupos com tentáculos nacionais e internacionais montaram esquemas complexos para receber e expandir heroína, anfetamina, metanfetamina cristal, cocaína e outras drogas pesadas, através das regiões costeiras como Macuse, Pebane, Quelimane (Zambézia), Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Memba, Cidade de Nampula e outras áreas marítimas das respectivas províncias.
Portanto, na província de Nampula, a questão é mais complexa, onde para além de tráfico de drogas, verifica-se também fortes grupos de lavagem de dinheiro, onde inclusive recentemente uma operação relâmpago do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) culminou com a detenção de indivíduos tidos como “grandes empresários” e que posteriormente foram transferidos para Maputo por questões de segurança. Na ocasião, o caso levou determinados dirigentes municipais, provinciais e centrais a acamparem no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, aliás, em Maio de 2024, a PGR deteve Gulam Hassam, pai de Nuro Gulam, cujo filho encontra-se a cumprir pena nos EUA.
Em Nampula, fontes chegaram a avançar que a INTERPOL e o SERNIC haviam apreendidos viaturas de alguns dirigentes importantes de alguns municípios e provinciais, mas quando a nossa equipa de reportagem procurou ouvir a versão dos visados, todos desmentiram a informação e classificaram de mentirosas as pessoas que avançavam com está informação. Entretanto, a operação estendeu-se para a Cidade de Maputo e Matola, onde se verifica também problemas similares com Nampula e Quelimane, mas com alguns crimes complexos em adição, obviamente: os raptos de empresários, o desaparecimento constante de pessoas em particular mulheres jovens e taxistas por aplicativo e que depois alguns são achados já sem vida.
Em Maputo e Matola, o problema das viaturas é complexo, uma vez que se o parque automóvel cresceu demasiadamente e é possível encontrar viaturas de todos os tipos, até com indivíduos que ninguém conhece a sua ocupação laboral, comercial ou mesmo empresarial. Deste modo, nos últimos dias circular por Maputo e Matola, com um veículo ilegal ou com algum problema de regularização tornou-se um pesadelo, uma vez que com a INTERPOL ao lado da “nossa polícia” conhecida pelas suas “facilidades negociais”, muitos acabam preferido esconder os veículos e os que arriscam terão nos próximos dias muita coisa por explicar as autoridades.
No entanto, a nossa fonte explicou que a operação vai continuar em outras províncias como Gaza, Inhambane, Sofala, Tete, Manica e Cabo Delgado, onde também se registam parte dos problemas que estão em investigação pela INTERPOL. Aliás, por exemplo, a província de Gaza é conhecida pelos carros extravagantes que alguns jovens locais utilizam, chegando mesmo em alguns distritos, determinadas famílias a usarem carros luxuosos para transportar água potável ou mesmo gado caprino, suíno e até bovino. Já na província de Inhambane, o problema tem a ver com viaturas quentes e tráfico de drogas. Tete e Sofala debatem-se com problemas de lavagem de dinheiro e drogas.
Contudo, o Ministro do Interior, Paulo Chachine disse à Imprensa que a operação envolve agentes da PRM, SERNIC e a INTERPOL, visa combater os raptos, tráfico de drogas e outras actividades criminosas e decorre em vários países do continente. Por fim, importa referenciar que “apesar da INTERPOL ser conhecida como polícia internacional, a mesma não possui autoridade própria para prender suspeitos ou realizar investigações sem a participação das autoridades nacionais, ou seja, seu papel é auxiliar os países membros por meio de treinamentos, operações conjuntas e partilha de dados.
De salientar que em Moçambique já foram presos indivíduos como um cidadão de nacionalidade nigeriana que era procurado pela Polícia holandesa e a INTERPOL desde 2010, por tráfico de cocaína, assim como o narcotraficante brasileiro Gilberto Aparecido, ou seja, vulgo, Fuminho, por sinal o caso mais mediático de todos. (O.O.)








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