“As escolhas que África faz hoje estão a moldar o futuro do mundo inteiro; a transição para as energias limpas no continente criará empregos, estabilidade, crescimento e a concretização dos nossos objetivos climáticos globais”, disse a presidente da Comissão Eurpeia, Ursula von der Leyen, ao anunciar, no domingo (28.09), o financiamento feito pela Team Europe.
Moçambique é o único país lusófono africano contemplado, e vai receber 13 milhões de euros para “apoiar a transição para uma energia com baixas emissões e incentivar a participação do sector privado”.
Na visão de Bruxelas, o potencial de energia renovável de África “é enorme, mas quase 600 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à eletricidade”, pelo que “a forma como esta transição para a energia limpa vai desenrolar-se terá um papel importante na definição do desenvolvimento futuro, da estabilidade regional e dos progressos em matéria de alterações climáticas”.
O apoio da União Europeia à transição energética em África “não é apenas um imperativo moral e de desenvolvimento, é também uma escolha estratégica que reforça as cadeias de abastecimento, cria até 38 milhões de empregos verdes até 2030 e torna os sistemas energéticos mais resilientes”, aponta-se no documento.
No início de outubro, o Global Gateway Forum em Bruxelas vai reunir governos, instituições financeiras e líderes do setor privado para fornecer apoio adicional à transição para a energia limpa em África.
Este impulso será levado para a Cimeira do G20 em Joanesburgo, que decorre a 22 e 23 de novembro, na qual líderes mundiais e investidores vão reunir-se para vincar parcerias e o financiamento necessários para impulsionar o futuro renovável de África. (LUSA com DW)