Turismo com 500 Meticais. É possível?

Uma das principais razões pelas quais muitos moçambicanos não fazem turismo interno é a ideia de que é preciso ter muito dinheiro para isso. Quando se fala em viajar, logo se imagina algo distante da realidade da maioria. Mas... e se eu te dissesse que com apenas 500 meticais é possível viver uma experiência memorável?

Uma das principais razões pelas quais muitos moçambicanos não fazem turismo interno é a ideia de que é preciso ter muito dinheiro para isso. Quando se fala em viajar, logo se imagina algo distante da realidade da maioria. Mas… e se eu te dissesse que com apenas 500 meticais é possível viver uma experiência memorável?

 

Há uma semana, decidi aventurar-me com esse valor no bolso. A nossa viagem começou na baixa da cidade de Maputo, onde apanhei um autocarro até à zona da “Casa Branca”, na Matola. O destino final: a vila da Namaacha.

 

Como era domingo, havia pouca disponibilidade de transporte direto. Então, fiz escala:

 

À medida que avançava na estrada, as paisagens iam-se revelando campos agrícolas verdejantes, vales e montes que pareciam pintar a janela do autocarro com a beleza natural do nosso país.

 

Cheguei à Namaacha. Era a minha primeira vez na vila  uma verdadeira aventura! Já ia informado sobre o local, para garantir que a logística e possíveis imprevistos estivessem sob controlo.

Visitei a Capela de Nossa Senhora de Fátima, a gruta, e passei também pelo mercado central, um espaço simples, mas cheio de vida e autenticidade local.

 

Quando a fome bateu, segui para o Espaço Recreativo e Cultural, um restaurante e bar situado à beira da estrada que leva à fronteira. O ambiente, decorado com bom gosto, é sem dúvida um dos mais destacados da vila. Pedi uma dose de frango grelhado com arroz de vegetais, salada de alface e um refrigerante. Tudo por 300 meticais.

 

Até aqui, os meus gastos somavam 428 meticais, incluindo todas as ligações de transporte. Um domingo inesquecível. E sabe o melhor? Tudo isso com menos de 500 meticais.

 

Nem sempre se trata de ter muito dinheiro  mas sim de ter vontade. Vontade de sentir novas atmosferas, respirar outros ares, redescobrir Moçambique e renovar a alma.

Acompanha este roteiro completo em vídeo. Clica aqui e deixa-te inspirar.

Onélio Duarte

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