Questionado por jornalistas sobre Cabo Delgado, particularmente as informações que davam conta de que militares ruandeses reclamavam atraso no pagamento de salários por parte do governo moçambicano, o titular da pasta da defesa negou as afirmações.
“Os salários e remunerações das forças ruandesas são pagos pelo respectivo governo, incluindo a logística. Contudo, as forças que actuam em Moçambique precisam do apoio do governo de Moçambique. Eu não posso ter tropas de outros países que vieram apoiar as nossas forças e eu ter logística e não apoiar”, justificou.
Para Chume há má interpretação por parte dos moçambicanos sobre o apoio que o governo moçambicano dá às tropas ruandesas.
“O que nós temos que desconstruir é qualquer tentativa de interpretar o apoio do governo de Moçambique como se fosse um apoio malicioso às forças que actuam em Moçambique. Mas volto novamente a dizer, o governo de Moçambique e toda a população precisa de dar o apoio a quem apoia”, sublinhou.
Sobre os ataques terroristas em Niassa, o dirigente destacou que continuam a esforçar-se por acabar com as incursões naquele ponto do país.
“De modo geral, a situação ainda continua estável. Os operadores estão regressando às suas actividades, mas continuamos atentos a qualquer tipo de movimentação que volte a perturbar a situação normal”, contou.
Em relação aos deslocados o ministro não precisou o número, contudo disse que há famílias que se deslocaram às províncias vizinhas de Cabo Delgado e encontraram boas condições de adaptação, mas reconheceu a necessidade de apoiar essas populações.
Mesmo com a presença de tropas estrangeiras no Teatro Operacional Norte (TON), Cristóvão Chume frisa que os militares moçambicanos continuam a desempenhar um papel preponderante para a defesa de Moçambique. (Ekibal Seda)